Crítica

“Crimes de Família” mostra o drama de mãe para proteger a família

Cena de Crimes de Família. Foto: Divulgação/Netflix

Não é de hoje que se tem notícia de que a justiça, em alguns momentos, pode ser falha e beneficiar algumas pessoas, principalmente as que são mais instruídas ou privilegiadas, economicamente ou socialmente.

Questões que são parte da nova produção original da Netflix, Crimes de Família. Recém-lançado, o filme se baseia em uma história real que revela o processo de dois julgamentos envolvendo uma mesma família nobre: o filho, que foi denunciado por tentativa de assassinato de sua ex-esposa e a polêmica prisão da empregada.

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O drama argentino tem direção de Sebastían Schindel, mesmo diretor do suspense da Netflix O Filho Protegido, e conta com atuação da famosa e conhecida atriz dos filmes de Pedro Almodóvar, Cecilia Roth (Fale com Ela Tudo Sobre Minha Mãe).
Com uma trama envolvente, Crimes de Família impressiona na construção narrativa, com roteiro de Pablo del Teso e Sebastián Schindel, contundente e instigante. A direção de Schindel é dinâmica, profunda e com algumas tensões sutis.

No entanto, mesmo com bom enredo e direção, o filme possui falhas. A trama é previsível, possui um plot twist, ou seja, reviravolta rasa. Schindel traz uma direção morna, capaz de desprender a atenção de alguns expectadores e ainda finaliza o longa sem grandes surpresas, mesmo tendo em mãos um bom fim. Dando a entender que o cineasta se perdeu ao tentar conduzir o desfecho principal do filme.

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Cecilia Roth carrega a trama em vários momentos do longa, com sua atuação delicada, sutilmente forte e transformadora. A empregada, interpretada por Yanina Ávila, também merece destaque, ao contrário dos outros atores do elenco, que não desagradam, mas são apáticos.

Cena de “Crimes de Família”. Foto: Divulgação/Netflix

Crimes de Família é uma boa obra argentina que discute o problema social e judiciário, ainda revelando que a desigualdade está presente em diversos países. É poderoso por enfatizar a evolução e a força feminina em uma personagem matriarca, religiosa e conservadora, que precisa escolher entre fazer justiça e proteger a própria família.

Avaliação:⭐⭐⭐⭐
Pra quem gosta: terror
Pra assistir: sozinho, com amigos ou crush
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