Crítica

Netflix lança filme sobre doença misteriosa

critica do filme awake
Cena do filme "Awake". Foto: Divulgação/Netflix

O que acontece com uma pessoa que não consegue dormir? Alterações de humor, perda de memória, alucinações e até um acidente vascular cerebral alguns dos efeitos colaterais. Bizarro, não é mesmo? Pois é, a Netflix lançou na semana passada o filme “Awake”, longa de ficção-científica no qual um evento global acabou a habilidade das pessoas de dormir.

CONFIRA TAMBÉM: Netflix lança trailer de novo He-Man

Suspense apocalíptico, “Awake” é uma ficção-científica com uma trama interessante que utiliza o mistério para fisgar o público. O longa tem direção de Mark Raso, mesmo diretor de “Copenhagen”, e é estrelado por Gina Rodriguez – a protagonista da série “Jane the Virgin” –, e Ariana Greenblatt – atriz-mirim que ficou conhecida por interpretar a Gamora criança em “Vingadores: Guerra Infinita”.

No filme, os roteiristas Greg Poirer, Joseph Raso e Mark Raso potencializam a história com uma boa apresentação do enredo, mas acabam acotovelando os desfechos, transformando o longa em uma obra simplória e esquecida.

VEJA TAMBÉM: Mais de 20 séries são canceladas em 2021

A direção de Mark Raso é plausível. Em formato de thriller, o cineasta cria no espectador uma sensação de inquietude. Porém, o suspense do filme acaba entrando em uma zona de conforto, causando exaustão no público.

critica filme awake
Cena do filme Awake. Foto: Divulgação/Netflix

O filme não é como “Oxigênio”, outro longa de ficção-científica da Netflix lançado em maio deste ano, em que também há presença da inquietude no espectador. O longa de Raso diverge de “Oxigênio”, que utiliza cenas com ângulos fechados causando claustrofobia no público e alivia as tensões intercalando com cenas de flashback. Isto não é uma inovação no mundo do cinema, mas esta forma de direção foi usada de forma correta, beneficiando “Oxigênio”. Já Raso, infelizmente não teve o mesmo efeito e protela o longa em vários momentos, transformando “Awake” em um filme maçante com final trivial.

CONFIRA TAMBÉM: Xtremo abusa da extrema violência pra conquistar público

O grande problema no filme está no tempo. Os efeitos colaterais causados por quem foi “contaminado pela doença do sono” são revelados atropeladamente. Sem contar o final, no qual buscam trazer a solução ao problema em menos de 10 minutos. Talvez alguns minutos a mais, ou até mesmo transformar a história em uma minissérie, seria mais interessante.

Avaliação: ⭐⭐1/2
Pra quem curte: Suspense/Ficção-Científica
Pra assistir com: Amigos
Filmes e séries semelhantes: Caixa de Pássaros; O Nevoeiro e Rua Cloverfield, 10.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna