Após fracassar com Esquadrão Suicida, lançado em 2016, não agradando a crítica especializada e muito menos o público em geral, a DC tenta reerguer sua reputação com uma de suas histórias em quadrinhos cheia de vilões: o filme solo de Arlequina, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa.
O longa traz a transformação de Harley Quinn após se separar de Coringa. Sem ajuda de seu ex, a vilã terá que agir sozinha para resolver os problemas do passado e ainda salvar uma jovem garota das mãos do terrível Roman Sionis. Nesta confusão toda, Arlequina ainda se encontra com Caçadora, Canário Negro e a detetive Renée Montoya.
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Divertido, alucinadamente violento e paranoico. O filme solo de Arlequina é brilhantemente instigante, ágil e sagaz. Os roteiristas Christina Hodson, Chuck Dixon e Jordan B. Gorfinkel misturam o humor com boas cenas de ação capazes de deixar qualquer espectador com gostinho de quero mais, além de trazerem um ótimo flash back, com narração didática e cômica de Harley.
Margot Robbie realmente vive a sua personagem Arlequina. Já Ewan McGregor (Doutor Sono) interpretando o vilão Máscara Negra; Rosie Perez (O Conselheiro do Crime) no papel de Renée Montoya; Jurnee Smollett- -Bell (série True Blood) de Canário Negro; Mary Elizabeth Winstead (Projeto Gemini) como a vingativa Caçadora e a mirim Ella Jay Basco, de Cassandra Cain, se unem e formam um elenco coeso, mas sem espetacularidade.
A estreia de Cathy Yan na direção de um longa do gênero surpreende, mas não inova. A cineasta segue o mesmo caminho da adversário da DC, a Marvel, como Deadpool. A propósito, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é um Deadpool mais leve. No entanto, pode-se observar grande referência da duologia Kill Bill, de Quentin Tarantino e o clássico dos anos 60, Faster, Pussycat! Kill! Kill!
Mesmo com essas características, não podemos olhar o filme da ex- -namorada de Coringa pejorativamente. Até porque, o seu grande diferencial ao do super-herói cômico do universo X-Men, é o seu lado empoderado. A diretora Yan e o trio de roteiristas focam na empatia e sororidade da Arlequina com a sua trupe formada pela adolescente Cassandra, a misteriosa Caçadora, Canário Negro e a detetive.
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Aliás, Aves de Rapina não é só sobre a exaltação do feminismo, e sim, seu grande motim se trata sobre a quebra de confiança. O longa ganha não só pela diversão e ótimas atuações, mas por conseguir englobar os problemas sociais atuais das mulheres e trazer as telonas a força e a capacidade feminina em transformar um gênero predominante produzido, dirigido e protagonizado por homens.
Avaliação: ⭐⭐⭐ 1/2
Pra quem gosta: super-heróis
Pra assistir: amigos, crush e sozinho
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