Quem aqui não tem uma mãe, avó ou algum parente feminino que deixou a vida profissional para cuidar do marido e dos filhos? É comum ter esse tipo de relação com as gerações anteriores, não é mesmo? E é sobre esse tema que o novo filme de Björn Runge, “A Esposa”, irá retratar.
LEIA MAIS: Sai de Baixo vira filme e tem trailer divulgado, veja!
A trama conta a história de Joan (Gleen Close), uma mulher casada com o escritor que irá receber o Prêmio Nobel de Literatura. Durante a viagem para Estocolmo, a esposa de Joe questiona sobre suas escolhas, além de ser assediada por um jornalista ambicioso por escrever a biografia de seu marido. Veja o trailer:
Delicado, melancólico e reflexivo. O longa é cheio de mistérios revelados em um enredo que cresce de forma espetacular com o passar da trama. Glenn Close (101 Dálmatas) surpreende com o seu olhar vago, vazio e dramático.
A eterna intérprete de Cruella, segue com o mesmo peso de atuação de Charlotte Rampling em “45 anos” com a reflexão da triste vida de Charlotte, personagem de Scarlett Johansson, em “Desencontros e Desencontros”. A atriz grita pela sua interpretação silenciosa. Não é a toa que ganhou o prêmio de melhor atriz de filme drama no Globo de Ouro 2019. A química com o seu colega de cena, Jonathan Pryce (Game of Thrones), ator que interpreta seu esposo, é surpreendentemente plausível.
Em um roteiro bem estruturado, “A Esposa” é aquele filme que o público sentirá vontade de abraçar a personagem, se inquieta e enfurece com os seus problemas. Assim como o poderoso filme de Afonso Cuarón (Gravidade), Roma, o longa de Runge reflete sutilmente sobre o patriarcalismo, machismo, submissão e o papel da mulher no casamento.
LEIA TAMBÉM:Minha Vida em Marte procura encontrar o verdadeiro significado de felicidade
“A Esposa” estreou nesta quinta-feira, 10, nos cinemas de Curitiba.
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Pra quem gosta: drama
Pra assistir: sozinho
Filmes/Séries semelhantes: Amor, Roma e A Teoria de Tudo.