Hoje é dia de celebrar a véspera de Natal com toda a família. E como mostramos na semana passada, com alguns cuidados, como o de não dar ossos e gorduras para os pets, mantê-los longe da árvore e dos fios do pisca-pisca, e garantindo que eles e as visitas não se estranhem, a festa deve ser tranquila e especial.

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Passado o Natal, em uma semana comemoramos o Ano Novo, ocasião que costuma ser um problema para muitos animais e seus tutores, isso porque, por conta aguçada capacidade auditiva que possuem, cães e gatos costumam se assustar com o barulho dos fogos de artifício. Com medo, durante a queima de fogos muitos deles podem se ferir ou até fugir de onde estão. E para que isso não aconteça, conversamos com a médica veterinária comportamentalista e adestradora da Cão Cidadão Francis Paese Cherobim, que dá ótima dicas.

“Fogos e rojões assustam muito cães e gatos. Se para nós o som dos fogos já é forte, imagine isso quatro vezes mais alto. E eles não têm a mesma capacidade de discernir o que causou o barulho, então, acabam estimulando um mecanismo de proteção. Para eles, esses barulhos são uma ameaça”, diz Francis.

Segundo ela, pra acalmar os pets o ideal é fazer sessões de relaxamento, fazendo com que associem o barulho a coisas boas. “Treinar comandos como senta/fica e deita/fica em um lugar calmo e depois que o animal estiver respondendo bem, começar a colocar barulhos de gravações de fogos nessas sessões, em volume bem baixo, pode ajudar. Aos poucos é possível ir aumentado o som, fazendo com que percam o medo do barulho. Já agradar o animal quando ele demonstra medo não é recomendável, pois, pode reforçar a fobia e piorar o quadro”.

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Além do treinamento, alguns recursos também podem ser úteis, entre eles, a utilização de florais específicos para os animais, calmantes receitados por veterinários e o uso de acessórios como a Thudershirt, uma “camiseta” que auxilia cães e gatos a sentirem-se calmos. “Ela aplica uma pressão leve no corpo do cão e do gato, que sentem como se estivessem sendo abraçados. Essa pressão afeta o sistema nervoso, acalma o animal e faz com que seus músculos relaxem”, explica a veterinária.

Nos casos mais graves de fobia, o melhor é que o pet fique com alguém da família e não sozinho. “O ideal é que eles fiquem em um cantinho seguro e confortável, onde o som seja abafado e não existam móveis com quinas, objetos que podem ser engolidos ou cortantes, para evitar que se machuquem. Colocar um paninho com o cheiro dos donos pode acalmá-los. Mas deixar o cão na coleira é contraindicado, devido ao risco de asfixia”, alerta Francis.

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