Ver um cachorro ou gato mais gordinho pode até parecer fofo, mas o excesso de peso é sinal de risco para o animal e deve servir de alerta para os tutores. Afinal, os quilos a mais costumam vir, muitas vezes, acompanhados de outras complicações.

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“A obesidade em gatos e cães é uma doença de ampla importância e com prevalência cada vez maior. O excesso de peso nos pets representa grande fator de risco para outras doenças, principalmente as metabólicas”, explica a coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin®, Larissa Lima.

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De acordo com Larissa, estudos mostram que pets com o peso ideal têm maior qualidade e expectativa de vida. “Por isso, entendemos que a prevenção do ganho de peso e os protocolos efetivos para controle de peso são fundamentais para que a vida do pet e seu tutor seja saudável e feliz”, afirma.

A doença diminui a expectativa e a qualidade de vida dos animais. Foto: Pixabay.

‘Epidemia’

No mundo, aproximadamente 59% dos cães e 52% dos gatos estão acima do peso. Segundo a médica veterinária e presidente da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV), Viviani De Marco, no Brasil o cenário não é diferente. “Uma causa importante é o fato de que tutores tendem a subestimar a condição corporal dos seus pets, principalmente quando o gato ou o cão se encontra com excesso de peso”, diz a especialista.

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Veterinários consideram gatos e cães obesos quando os pets apresentam 20% ou mais de excesso de peso corporal. Quando o animal apresenta entre 10-20% de excesso de peso, encontra-se em sobrepeso. E conforme Viviani, a identificação da doença pode ser feita pelo próprio tutor.

“Existe um teste simples que fazemos na clínica e mostramos para os tutores auxiliando no diagnóstico da obesidade. É possível entender quando o gato ou cão está fora do peso quando não é possível sentir as costelas dele ao apalpá-lo. Em alguns casos, apenas com o contato visual em uma determinada posição já é possível identificar o sobrepeso”, complementa.

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Como consequência, a maioria dos gatos e cães obesos apresenta outras doenças. “A obesidade é considerada o principal fator de risco para doenças ortopédicas. Além disso, o excesso de peso e o aumento do tecido adiposo resultam em dificuldades respiratórias, principalmente em animais de focinho achatado”, diz Viviani.

Veterinários consideram gatos e cães obesos quando os pets apresentam 20% ou mais de excesso de peso corporal. Foto: Visualhunt

Prevenção

Para afastar os riscos relacionados à obesidade, a recomendação é oferecer nutrição adequada e fazer com que o pet tenha atividades físicas em sua rotina. “Após a identificação da obesidade, o tratamento prescrito deve aliar dieta adequada e um nível de atividade física favorável à saúde do pet”, afirma a Viviani.

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Ainda segundo a veterinária, alimentos específicos para o controle de peso devem ser completos e nutricionalmente balanceados, para que o animal receba todos os nutrientes de que necessita.

Já para a coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin®, Larissa Lima, a saciedade do animal é outro fator que influencia na eficácia do controle de peso.

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“O maior teor de proteínas e a elevada quantidade de fibras garantem maior sensação de saciedade. Além disso, croquetes adaptados e alimentos úmidos podem servir de ferramenta importante no protocolo de perda de peso do gato ou cão. O maior teor de água no alimento úmido contribui para a diluição calórica e para a menor ingestão energética pelo animal”, orienta a Larissa.

Percebeu que amigão de quatro patas está acima do peso ou ainda tem dúvidas sobre o assunto? Nossa dica é não hesitar e procurar o medico veterinário da sua confiança!

Gatos também sofrem com a obesidade. Foto: Visualhunt

Oito verdades sobre a obesidade nos pets

  1. A obesidade é resultado do desequilíbrio entre o consumo e o gasto energético do pet.
  2. A obesidade pode reduzir o tempo de vida médio do gato ou cão.
  3. A utilização de medidas caseiras (como copos ou xícaras) pode exceder a quantidade de alimento fornecido ao gato ou cão em até 80%.
  4. A maioria dos tutores não reconhece quando seus pets estão com sobrepeso e obesos.
  5. Cerca de 54% dos tutores de gatos e cães cedem aos apelos dos pets e oferecem mais alimento quando eles “pedem”.
  6. Animais idosos e de meia idade estão mais predispostos ao ganho de peso.
  7. O cuidado com a nutrição deve começar cedo: a alimentação durante o primeiro ano de vida influencia a condição corporal do animal quando adulto. Filhotes de gatos e cães acima do peso apresentam maior risco de se tornarem adultos obesos ou com sobrepeso.
  8. Está alimentando seu pet fora da dieta prescrita? Vale saber que um pequeno pedaço de queijo (60g) possui em média 240 kcal, excedendo as calorias que um cão pequeno da raça Yorkshire precisaria consumir ao longo do dia todo.

Adoção responsável

Foto: Divulgação

Estes lindos filhotes com jeito de “dálmata” estão disponíveis pra adoção. São quatro fêmeas e dois machos, que tem três meses de idades. Para levar uma destas fofuras para casa fale com a Paty Castro (41) 98538-5005.