Há alguns anos, estava entrando numa padaria quando avistei uma moradora de rua com o filho pequeno e um cachorro ao lado. Na mesma hora pensei em comprar sanduíches para os três (sim, para o cão também, claro!). Nisso ouvi o cão ganindo. O menino estava batendo nele, sem motivo. Na hora berrei: Não bata nele!

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A mulher me encarou e disse: Olha aqui, ó, eu bato nele sim, porque ele é meu. E chutou o pobre cão, que ganiu alto e não entendeu nada. Minha mãe, ao meu lado, me puxou para dentro da padaria porque eu tentei avançar na mulher. Fiquei com ódio dela e com raiva de mim, pois o chute foi para me desafiar, mas doeu foi nele.

Noutra ocasião, num dia de sol forte, vi um homem e uma mulher empurrando um carrinho de recicláveis, com seus três cães dentro. Passei ao lado e comentei: Está muito quente pra eles andarem no aslfalto, né? O rapaz me respondeu: – Se tá quente pra nós que temos sapato, imagina pra eles, coitados. Dei um jeito de estacionar, saquei uma nota gorda da carteira e ofereci aos dois: Isso é pra vocês tomarem uma cerveja no fim do dia, porque gente que trata bem seus animais merece recompensa. Eles ficaram super felizes, e eu mais ainda de ver cachorros tão gordinhos e amados!

Citei estes dois exemplos para deixar claro que não é uma questão de classe social (lembram daquela enfermeira psicopata que matou uma yorkshire à pancadas? Pois é…) e sim de bondade no coração.
Bater em animais – cães, normalmente porque os gatos fogem rápido, é uma tremenda covardia. O animal não entende porque está apanhando. E não vem com aquela história: – Ah, ele sabe sim o que aprontou!

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Não, ele não é gente e só entende a violência como desamor, selvageria) e se torna medroso e assustado, ou cada vez mais feroz. Não bata neles, de maneira nehuma. Se você está estressado, não desconte sua raiva e frustração num bicho que te ama e te protege com a própria vida.

Para educar um cão, fale firme com ele. Cães interpretam seus olhares, o tom da sua voz. E não precisa gritar, porque a maioria dos cães escuta muito melhor que os humanos. Cães, gatos, cavalos, enfim, todos os animais aprendem muito mais rápido se ao invés de receberem pancadas quando errarem, receberem elogios, afagos e petiscos quando fizerem o que você espera deles. Diga “não” quando estiverem fazendo algo errado e os ignore por um tempo. Eles vão entender.

Agenda
Sábado 12/11
Evento de adoção Salva Bicho, Praça Santa Filomena, R Augusto Stresser – das 10h30 às 16h30.
Domingo 13/11
Feira de adoção da Casa do Produtor, R. Eng Rebouças, 1814, das 10h às 16h.
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