Hoje, 10 de agosto é o Dia Nacional de Combate à Leishmaniose Visceral Canina. Um dia de luta pela vida animal, contra a doença que até janeiro deste ano era fatal para os cães. Após serem infectados com a picada do mosquito palha, muitos deles não morriam por conta das complicações, mas eram eutanasiados. Uma recomendação das autoridades de saúde, que, no entanto, não garantia redução na transmissão aos humanos. Isso porque, os cães não são capazes de passar a doença para o homem.
Segundo o médico veterinário e presidente do Grupo Brasileiro de Estudos sobre Leishmaniose Canina (Brasileish) Fábio Nogueira, os cães são hospedeiros intermediários e a doença é transmitida somente através da picada do mosquito. “A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença infecciosa não contagiosa. Ela não é transmitida por contato, mordida, arranhão, lambedura, urina ou fezes”.
Para alertar os tutores sobre a possibilidade de tratamento aos cães com Leishmaniose, a Brasileish e a Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (ARCA Brasil) criaram uma campanha nas redes sociais com a com a hashtag #NãoMateTrate. Segundo as entidades, com a aprovação do tratamento pelos Ministérios da Saúde e da Agricultura, agora, lutar pela vida dos cães é um direito dos animais.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença afeta mais de 3.500 pessoas por ano no Brasil. E para cada humano afetado, a estimativa é que haja 200 cães infectados, o que corresponde a cerca de 700 mil cachorros doentes em todo o país.
“Como a aprovação do tratamento é recente, tutores e veterinários têm dúvida sobre o assunto, ou simplesmente desconhecem esta alternativa. Infelizmente, ainda há muitos profissionais que indicam a eutanásia, já que esse era o procedimento padrão até recentemente. As pessoas precisam saber que o tratamento existe e que ele é uma escolha a ser feita pelos tutores”, afirma Marco Ciampi, presidente da ARCA Brasil.
A doença
Animais com Leishmaniose podem ser assintomáticos ou apresentar sinais como emagrecimento progressivo, aumento dos gânglios linfáticos, apatia, crescimento exagerado das unhas, anorexia, sangramento nasal, atrofia muscular, descamação da pele e feridas de difícil cicatrização.
“Estamos falando de uma doença crônica e muito agressiva, então é preciso que os tutores assumam a responsabilidade pelo tratamento, que dura toda a vida do cão, necessitando de acompanhamento constante do veterinário”, explica o veterinário Fábio Nogueira
Para evitar a transmissão ou as reinfecções, é importante vacinar seu cão e combater o mosquito. A utilização de coleiras, spot on ou sprays repelentes também ajudam, impedindo o contato do cão tratado com o inseto transmissor.
Agenda de eventos e feiras de adoção
Sábado 12
Campanha de adoção de cães adultos e filhotes do Animalia Curitiba, no Super Pet, Rua Barão do Cerro Azul, 1690 – São José dos Pinhais, das 10h às 17h.
Campanha de adoção de cães adultos e filhotes do grupo Adote com Consciência Curitiba, na Esalpet Petshop, Rua 24 de Maio, 1875 – Rebouças, das 10h às 16h.
Encontro de Adoção com Amigo Animal e Beco da Esperança, no HiperZoo, Rua Desembargador Westphalen, 3.448, das 10h às 17h.
Evento de adoção de cães Adote Um Amigo, na Clínica Veterinária Curitiba, Rua Coronel Joaquim Sarmento, 160- Bom Retiro, das 9h às 16.
Evento de adoção de cães do Grupo Salva Bicho, na Praça Santa Filomena, Rua Augusto Stresser – Hugo Lange, das 10h às 16h.
Evento de adoção no Fofuras Petshop, Rua Marechal Hermes, 678 – Centro Cívico. Sábado, das 13h às 18h. Aos domingos, das 14h às 18h.
Feira de adoção de cães da Casa do Produtor, Rua Engenheiros Rebouças, 1814 – Rebouças, sábados e domingos, das 10h às 16h.
Feira de adoção responsável de filhotes da EsalPet Petshop, Rua Professor Sebastião Paraná, 125 – Vila Izabel, aos sábado, das 10h às 16h.
Noite do buffet de sopas em prol dos cães do grupo Tomba Latas. No Restaurante Ópera de Bambu, Rua Nestor Victor, 434, Água Verde, a partir das 19h. Convites a R$30,00. Informações: www.facebook.com/tombalatas/
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