Dentes com tártaro. Problema que incomoda muita gente e que afeta também os animais, especialmente cachorros e gatos. Mas afinal, como surge a indesejada placa amarelada nos dentes dos pets? E quando o problema já está instalado, o que fazer para garantir que o animal tenha um “sorriso” saudável? Quem responde estas dúvidas e dá orientações aos tutores é o veterinário Ricardo Cabral, da indústria farmacêutica veterinária Virbac.
O que é tártaro?
“Conhecido como cálculo dentário, o tártaro é apenas um dos sintomas de uma grave doença dos cães e gatos chamada doença periodontal. Ela pode afetar mais de 80% dos cães e gatos com mais de três anos. A boa notícia é que essa doença pode ser evitada e tratada. A má notícia é que se o tutor não realizar o tratamento a tempo, ela pode ser irreversível e o pet corre o risco de perder os dentes”, explica Cabral.
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Que riscos o tártaro oferece?
Além da perda dos dentes, o veterinário ressalta que a doença periodontal pode provocar problemas ainda mais graves, podendo até levar a morte do pet. “Com o avanço da doença, pode haver contato com algum vaso sanguíneo, o que aumenta a área de alcance da bactéria, resultando em infecções generalizadas. A inflamação crônica e bactérias em excesso geram distúrbios principalmente nos rins e coração”, alerta.
Como saber se meu pet está com tártaro?
Um dos primeiros sintomas é o mau hálito, que indica que a placa bacteriana está se acumulando. Os dentes podem passar também para uma coloração amarela até amarronzada, causada pela proliferação de bactérias.
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“Em estágios mais avançados da doença, o pet pode parar de se alimentar devido a dor e o incômodo que a mastigação proporciona por conta da inflamação dos dentes e gengiva”, conta Cabral. O sangramento gengival também pode ser um indício inicial do problema.
O que fazer quando o tártaro é detectado?
O primordial é levar o animal a um veterinário, para que ele possa examinar o estágio da doença periodontal. “Métodos preventivos não adiantam quando a doença já está estabelecida e, nesse caso, a retirada do tártaro só é possível com tratamento periodontal na clínica veterinária, sob anestesia”.
Qual a melhor forma de prevenção?
A principal forma de evitar o tártaro é a escovação diária dos dentes do animal. “É essencial que o tutor escove os dentes todos os dias, pois a placa bacteriana pode se formar em apenas 24 horas”, indica Cabral.
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Para os cães que não permitem a escovação diária, ou quando isso não for possível, o tutor pode oferecer outras opções que auxiliam na limpeza dos dentes como petiscos, ossinhos e enxaguante bucal, que deve ser colocado na própria água do cachorro, mas sempre mantendo a escovação com a maior frequência possível, orienta o veterinário.
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Mas de acordo com o profissional, esses produtos devem sempre ser de uso veterinário (nunca de uso humano) e devem oferecer garantias (estudos ou publicações) que suportem as alegações citadas. E em caso de dúvidas, o ideal é consultar um veterinário.
Quais devem ser os principais cuidados com a higiene bucal de cães e gatos?
A escovação diária pode parecer uma tarefa simples, mas precisa de atenção do tutor. Nunca devem ser utilizados produtos humanos durante a higiene bucal do pet. “No mercado, é possível encontrar pastas de dentes para animais que previnem formação da placa bacteriana, do cálculo dentário (tártaro) e das doenças periodontais e sistêmicas secundárias”.
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Também é necessário sempre ler o rótulo da embalagem, preferindo produtos que não contenham sabão em sua composição e que possuam tecnologia diferenciada para resultados eficientes.
“É recomendável criar uma rotina de escovação com o pet, escovando os dentes todos os dias no mesmo horário, assim o animal se acostumará com a atividade deixando a tarefa cada vez mais fácil”, conclui o veterinário.
Adoção responsável
Fred tem oito meses e porte médio. Já castrado e vacinado, este lindo filhote sonha com um lar, onde será amado e protegido. Para adotá-lo fale com a Carla (41) 99658-9535.
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