Todos os anos muitas pessoas têm suas vidas salvas por animais especiais, que são altamente treinados para atuar junto aos profissionais como os bombeiros do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), a unidade de elite do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná.
Ao lado de seus companheiros humanos, eles trabalham para ajudar a encontrar quem se perde em matas ou perto de rios, entre outros locais, além de procurarem vítimas de desastres, soterradas em desabamentos de prédios e deslizamentos de terra. Com seus sentidos apurados, entre eles um poderoso olfato, eles são capazes de realizar rapidamente tarefas que precisariam contar muitos oficiais “humanos”.
E semana passada, como contamos aqui, nós conhecemos alguns destes incríveis cães busca e salvamento, durante uma visita feita pelo Gost, ao Hospital Evangélico, em Curitiba. Estiveram lá Thor -um Golden Retriever de cinco anos, Suzy – uma filhote de labrador de um ano e meio e Jane – a bloohound de 11 anos, que já está aposentada. E para saber um pouco mais sobre como é feito o treinamento destes cães tão corajosos, conversamos com o capitão Daniel Lorenzetto, comandante do Gost.
Ele nos contou que a seleção dos animais que atuam como cães de busca e salvamento começa cedo, com a escolha dos cães mais adequados para a função. Depois disto, o treinamento dura cerca de dois anos, até que eles estejam prontos para o trabalho.
“O treinamento vem desde filhote. A gente seleciona o cão já na ninhada, um cão que tenha predisposição para fazer este tipo de trabalho, verificando também alguns quesitos que o cinotécnico identificar. A partir daí, este cão passa por um processo de socialização, ele tem que saber lidar com pessoas, não pode ser agressivo e não pode morder. Depois começa o treinamento progressivo de obediência, técnicas de busca, até chegar ao final, quando ele passa por uma certificação e é colocado à prova”, conta o capitão Lorenzetto.
Segundo ele, na avaliação final, o cachorro precisa mostrar que consegue localizar uma pessoa em um período de tempo, em determinada área, só assim ele estará pronto para as atividades e os treinamentos que ainda receberá durante sua vida. “Ele começa filhote e se aposenta na média de 10 anos de idade”.
Quer saber mais detalhes sobre os cães de busca e salvamento do Gost? Confira no vídeo, a entrevista com o capitão Daniel Lorenzetto.
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