Terrible two: nosso filho fez dois anos e está na adolescência do bebê. E as birras?

Imagem mostra um bebê de 2 anos brincando na terra.
Foto: Arquivo Pessoal.

Nosso filho fez dois anos!

Quem tem filho que já passou por essa fase sabe do que estou falando: é o famoso terrible two, a adolescência dos bebês. Até os dois anos, eles são oficialmente bebês, e depois disso, já são crianças. O terrible two é justamente essa transição entre bebê e criança.

É nessa fase que as birras começam — aquela cena clássica de criança chorando no chão do mercado ou se recusando a sair do parquinho. Com sorte, essas birras não duram muito.

Por aqui, temos um pequenino que acabou de completar dois anos. Temos muita sorte porque ele sempre foi muito bonzinho, mas as mudanças de comportamento dessa fase são intensas e fáceis de perceber. Ele faz bico quando o repreendemos, encosta a cabeça na parede como o Quico do Chaves, já aprendeu a dizer “não” e “para” com aquela cara de deboche, e sabe exatamente a quem pedir as coisas para conseguir o que quer. É muita esperteza para uma pessoa com menos de um metro de altura!

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Coisas corriqueiras podem virar verdadeiras batalhas: colocar ou tirar a roupa, prender o cinto da cadeirinha ou até entrar e sair do banho. Já trocamos a fralda desse ser humaninho milhares de vezes, mas, nos últimos meses, parece que ele nunca passou por isso antes — como se fosse tortura. E escovar os dentes de uma criança de dois anos? Nem se fala!

Nosso filho sempre foi do time das crianças tranquilas. Nunca deu trabalho com cólicas, nascimento dos dentes, para dormir, ir à escola ou ficar com outras pessoas. Ele foi tão tranquilo que, quando tinha uns sete ou oito meses, engravidei novamente. Mesmo assim, o terrible two é uma fase desafiadora.

Há dias em que a vontade é de chacoalhar a criança e gritar para ela parar de chorar (não façam isso, pelo amor de Deus!). E há dias tranquilos, mas, do nada, a chavinha vira na cabecinha deles, e nós ficamos sem saber como lidar.

Do ponto de vista neurológico, eles ainda não sabem se autorregular. Isso significa que não têm a capacidade de lidar com suas próprias emoções. Quando essas emoções se intensificam, eles enfrentam dificuldades para se acalmar. Nessa idade, oferecer o suco no copo errado já é motivo suficiente para uma crise.

Nós, adultos, também temos dificuldade para regular nossas emoções. Agora, imagine um cérebro que ainda não amadureceu por completo! Entender como funciona a cabecinha deles sempre me trouxe conforto e me ajudou a lidar melhor com as situações. Mas, na prática, quando é o seu filho fazendo birra no mercado, é outra história.

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É muito fácil perder a paciência com uma criança. O nível de cansaço e preocupação na nossa cabeça é tão alto que, às vezes, não conseguimos dedicar o esforço necessário para lidar com nossos filhos.

Eu sei bem — é difícil mesmo.

E tá tudo bem perder a paciência de vez em quando. Mas tente se apegar ao outro lado da moeda: o lado bom. Ser pai ou mãe é muito mais sobre controlar o nosso próprio comportamento do que o da criança. É aprender a ser paciente e lidar com nossos momentos de explosão para conseguir acolher e, ao mesmo tempo, impor limites na medida certa.

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Nossos filhos precisam da nossa ajuda para aprender a lidar com eles mesmos, não do nosso descontrole emocional. É tão fácil amar nossos filhos pela manhã, quando estão descansados, lindos e cheirosos. Difícil é amar no fim do dia, quando as sonecas não deram certo, estamos todos cansados, com sono e nervosos. Difícil é amar a criança que grita e se debate na cadeirinha enquanto a chuva cai nas nossas costas.

Mas ser mãe ou pai é a maior lição sobre como amar alguém por completo. É aceitar a criança no cenário de comercial de margarina, mas também respirar fundo e dar um sorriso amarelo quando nossa paciência se esgota.

Criança precisa de amor — em excesso e o tempo todo. Amor é impor limites para que se sintam seguras e amadas. É criar um ambiente perfeito para que se tornem o melhor que podem ser.

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