Racionalmente falando, por que alguém decide ter filhos?

Foto gerada por IA / ChatGPT

“Quais são os motivos para se ter filhos, racionalmente falando?” Essa foi a provocação que li em uma das minhas redes sociais. Como a mãe curiosa e reflexiva que sou, fui ler os comentários. Resumindo: havia muitos motivos para se ter um filho, mas nenhum deles era racional, como a publicação pedia.

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Parei um pouco e pensei em alguns dos meus motivos, e todos eles vinham direto do meu Sistema Límbico, ou seja, da estrutura associada à parte mais emocional do meu cérebro. Então tentei buscar no meu córtex pré-frontal, mas a parte lógica do meu cérebro também não soube responder.

Parece uma resposta simples de achar, mas garanto, meu caro leitor, que não é!

O mundo não está lá essas coisas: os impostos e os preços sobem, a poluição aumenta, o aquecimento global está complicando cada dia mais nossa qualidade de vida, os quadros de depressão batem recordes e a violência nos faz reféns. Parece que, com o passar do tempo, as coisas ficam cada vez mais difíceis, nunca mais fáceis, e a gente vive com a sensação de que “quando eu era jovem, o mundo era melhor para se viver”.

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Te convido a pesquisar o termo ‘antinatalismo‘ no Google (brevemente, para não se irritar). Caso você caia em alguma rede social, acabará lendo verdadeiros discursos de ódio pela humanidade e uma posição filosófica que considera o nascimento um ato moralmente ruim, defendendo agressivamente que as pessoas não devem procriar.

Eu já tive cinco gestações, tenho um bebê de um ano e nove meses e uma lindeza de cinco meses dormindo no quarto ao lado, e me sinto confortável para te responder a pergunta citada no primeiro parágrafo: logicamente, não deveríamos ter filhos, mas os bebês são a maior fonte de ocitocina do mundo, o famoso “hormônio do amor”.

Lembro de andar pela rua grávida e observar a quantidade imensa de vezes em que as pessoas passavam perto de mim com a cara fechada e, ao notar que eu estava grávida, abriam automaticamente um sorriso no rosto. Isso só de saber que dentro daquela barriga enorme havia um bebê.

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A única coisa que alegra mais as pessoas do que um bebê é um bebê de óculos de sol! Podem fazer o teste! É impressionante ver como a presença de uma criança muda tudo, parece que vira a chave da felicidade na cabeça das pessoas. Isso é hormonal, é neurológico.

Talvez o mundo nunca seja tão bom quanto na lembrança dos nossos pais, talvez brincar na rua continue sendo perigoso, talvez a maldade das pessoas continue estampando os jornais, mas talvez, só talvez, os bebês e as crianças sejam aquela fonte de amor e felicidade que o mundo precisa para continuar existindo.

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Então, meus queridos, continuem realizando o sonho de ter filhos, tragam mais felicidade em formato de bebês com pés de pãozinho e cheirinho de leite e felicidade instantânea para o mundo.

Não tem como não ser mais feliz perto de alguém que acabou de chegar do céu.


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