Maternidade real: amor e ódio, tristeza ou felicidade

Foto: Chat GPT

O que é a tal da maternidade real?! Eu estava acompanhando uma discussão de várias mães sobre a maternidade real e o que isso significa.

Não é engraçado perceber como o significado desse termo mudou ao longo do tempo? Quando as mulheres eram feitas pra serem esposas e mães perfeitas, reclamar da maternidade era praticamente um atentado aos bons costumes, mesmo tendo que criar vários filhos, cuidar da casa e do marido.

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Hoje nós entendemos como essa missão é difícil, mas o problema é que mesmo em um cenário tão exaustivo e que demandava tanto da mulher, parece que assim como as mulheres não tinham direito ao voto, elas também não tinham direito a reclamar.

Apesar de estarmos muito longe de vivermos em uma sociedade em que os direitos das mulheres e dos homens são iguais, principalmente se for comparar os direitos e deveres de uma mãe e um pai. Mas parece que as redes sociais deram a oportunidade para que as mães passassem a ser ouvidas e manifestassem o direito de não serem completamente realizadas e felizes o tempo todo com a maternidade. E eu compartilho desse sentimento com as mães diariamente.

Acontece que as vezes parece que entrou na moda odiar a maternidade, mesmo amando o filho e soa piegas ou até pueril demonstrar estar realizadas com a maternidade.

Fui a um encontro de mães certa vez e me lembro claramente de prestar atenção e pensar sobre o que eu estava ouvindo e ir em direção ao meu carro pensando que talvez o encontro se tratava de uma hora pra falar mal dos filhos.

Poxa vida pessoal, sei que nem todas as crianças foram planejadas e que cada família é um universo, mas as crianças não têm culpa da nossa inabilidade de lidar com algumas situações da vida. Lembro de uma mãe que reclamou em todas as oportunidades que teve porque o filho gritava e corria dentro de casa. Lembro de pensar: “Nossa, que comportamento infantil! Parece até que ele é uma criança”.

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Ninguém nunca disse que ter um filho era uma tarefa fácil. O Bê fez um ano e nove meses semana passada e a Laurinha cinco meses. Eu jamais vou poder dizer que foram meses fáceis, que não tive que abrir mão de um bom bocado de coisas, que não foi cansativo ou até mesmo que eu não me vi sem saber o que eu estava fazendo e me senti fingindo ser uma adulta responsável, quando eu só queria sair correndo e gritando socorro hahahah.

Mas não foi um inferno na terra, não foi o fim do mundo, não foi a pior experiência da minha vida. Muito pelo contrário, foram dias cansativos, alguns bem difíceis, mas na prática foram os melhores dias da minha vida. Perdi as vezes de quantas vezes o Eduardo e eu não nos olhamos com os olhos cheios de lágrimas por percebermos que estamos vivendo o sonho das nossas vidas.

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Tem uma frase atribuída a Santa Teresa D’Ávila que diz assim “É justo que muito custe o que muito vale”. Ter dois bebês em casa custa muito, em muitos aspectos, mas é um preço justo que estamos pagando pra viver o nosso maior sonho.

Notem que eu nunca disse que é fácil.


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