Raul Gil já foi ‘reserva’ no clássico Palmeiras e Corinthians

Mais uma partida entre Palmeiras e Corinthians ocorre neste domingo, 8, na cidade de São Paulo – e quem tem uma história bastante curiosa envolvendo o clássico é o apresentador (e corintiano) Raul Gil.

Há mais de 40 anos, em 9 de março de 1967, Palmeiras e Corinthians se enfrentariam em jogo válido pela primeira fase do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, no Pacaembu.

Raul Gil foi ao estádio e estava ao lado do cantor Erasmo Carlos e do produtor Carlos Imperial.

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À época, os dois haviam feito uma aposta que chamou atenção: se o Palmeiras ganhasse, um milhão de cruzeiros para Erasmo. Se o Corinthians ganhasse, o valor seria de Imperial. Os dois, porém, doariam o valor a uma instituição de caridade.

Raul deixou os amigos na porta, e foi até o vestiário para tentar encontrar algum conhecido que lhe ajudasse a entrar no estádio.

Enquanto ele estava lá, porém, o árbitro Armando Marques – que anos depois ficaria conhecido por errar a contagem em disputa de pênaltis na final do campeonato – passou próximo de Erasmo e Imperial e levou-os para dentro.

Inicialmente de fora, o apresentador, então, pediu ajuda a Galhardo e Luis Américo, jogadores de sua amizade, que convenceram o roupeiro Miranda a emprestar um uniforme do Corinthians para ele.

Desta forma, Raul Gil não só entrou no estádio, como conseguiu assistir à partida diretamente do banco de reservas, usando o uniforme de seu time do coração. Quando algum jornalista se aproximava, buscava esconder o rosto para tentar não ser reconhecido.

O resultado do jogo, porém, não foi dos melhores para Raul: derrota corintiana por 2 a 1. Quando a partida ainda estava em 0 x 0, diversos torcedores já haviam notado a ilustre presença e pediam ao técnico Zezé Moreira (alguns de forma não tão educada) que “colocasse o Raul pra jogar”.

O Palmeiras saiu à frente aos 33 minutos de jogo, com Servílio. O Corinthians empatou com Flavio pouco depois, aos 42, mas um gol de Cesar, aos 34 do segundo tempo, deu a vitória ao alviverde.

A história consta no livro Flash – Fora do Ar, lançado por Amaury Jr. na década de 1990, e foi confirmada ao E+ pela assessoria de imprensa de Raul Gil, que acrescentou mais detalhes.

*Por Estadão Conteúdo

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