Já imaginou você lutar para realizar o seu sonho e, aos trancos e barrancos, mostrar que tem talento e se tornar um jogador de futebol profissional? Agora imagine você ter passado por tudo isso, mas ter que largar a carreira para se tornar um ator pornô! É isso mesmo que você entendeu. Essa história é real e aconteceu na Itália.
Aos 24 anos, o ex-zagueiro Davide Iovinella largou os gramados em 2017, quando defendia o Calcio Pomigliano, da quarta divisão italiana, para tentar ganhar uma grana a mais, uma vez que sofria com baixos salários e até com atrasos de pagamento. Até teve a oportunidade de seguir no futebol, mas, como muitos, foi passado para trás por um empresário.
“Três clubes de Lega Pro estavam interessados em mim. Tive a oportunidade de assinar um contrato profissional de três anos, mas isso não aconteceu por causa de um agente que pediu muita comissão”, disse ele, em entrevista ao Le Temps.
Restou, então, correr atrás de outras situações para não ficar sem dinheiro. E até chegar aos filmes pornôs, Iovinella se tornou garoto de programa e, indiretamente, uma espécie de psicólogo das suas clientes.
“É mais sutil do que parece. Eu não sou apenas uma válvula de escape sexual; tenho que encarar os discursos e medos de minhas clientes, ouvi-las, dar conselhos. Às vezes, sou convidado para tomar café. Essas mulheres têm dinheiro, mas também têm muito mais problemas do que eu”, ressaltou.
Foi aí que surgiu a oportunidade de gravar os filmes. O ex-jogador foi convidado por um site e diante de três mil candidatos, ele se inscreveu para uma seletiva e foi aprovado pelo diretor e produtor Rocco Siffredi, conhecido no mundo da cinematografia pornô.
Agora conhecido como Davide Montana, o ator pornô, no entanto, não desistiu de voltar a jogar futebol. Atualmente, a maioria dos filmes dos quais ele participa são gravados na Hungria, onde ele tenta encontrar um clube que o aceite para retormar o sonho de infância.
“O ideal seria encontrar um clube na Hungria. Estou tentando encontrar um clube local, e o ideal seria em Budapeste, para manter a chama acesa”, completou.