A televisão mudou. Grandes apresentadores tidos como intocáveis perderam espaço. Vejam o caso do Gugu. Nas décadas de 1980 e 1990, o apresentador era disputado por Globo e SBT. Chegou até a assinar um contrato para ser um global no final dos anos 1980. Silvio Santos foi lá cobriu a oferta, pagou a multa contratual e ainda deu espaço para o loiro dentro do Programa Silvio Santos. O resultado dessa desistência de Augusto Liberato deu espaço para outro apresentador ganhar as tardes de domingo na Globo: Fausto Silva, que há 28 anos no ar com o seu Domingão e ainda com importante audiência.

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Não foi caso de Gugu. Talvez o erro, se assim podemos dizer, é que ele sonhou alto demais. Quis ser dono de emissora de televisão, tinha milhares de produtos com a sua marca no mercado, foi cantor – lançou discos, um deles com a famosa música do Pintinho Amarelinho – e abusou de mostrar mulher pelada na Banheira do Gugu. Ou seja: o apresentar foi se apagando, diferente do Faustão. Gugu foi parar na Record. Fez reportagens polêmicas, mas não criou ou manteve um estilo – talvez por nunca ter tido.

A imagem do apresentador era apenas um negócio, que agora não interessa mais como antigamente. Tanto assim que, nesta semana, chegando ao fim de contrato com a Record, cogitou-se sua volta ao SBT. No entanto, a emissora de Silvio Santos não vê vantagem financeira na volta dele.  Se fosse nos anos 1980, o SBT iria estender um tapete vermelho para que Gugu entrasse com a sua banheira nas principais atrações da emissora paulista.

 

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