O “cenário ao contrário” do Conversa Com Bial, que estreou na madrugada desta quarta-feira, gerou comentários e discussões na internet. O talk-show da nova atração comandada pelo jornalista na Globo deixa o apresentador do lado esquerdo da câmera, com os entrevistados à direita.
A ideia de inverter o palco partiu do apresentador por causa de um problema audição. Bial explicou que uma bomba caiu perto dele quando estava trabalhando como repórter em Sarajevo, na cobertura da guerra civil da então Iugoslávia, em 1994, e ele perdeu a capacidade de ouvir graves e agudos no ouvido direito.
Esse é um detalhe que faz toda a diferença para quem comanda atração. Não se trata de algo estético apenas.
Fausto Silva, por exemplo, não usa o ponto eletrônico, não precisa ouvir a voz do além, ou receber orientações e pequenas ajudas dos diretores, enquanto comanda ao vivo as atrações do Domingão do Faustão.
As anotações do apresentador, em pequenos pedaços de papel, são seus auxílios na condução do programa. Quem já assistiu ao vivo, nos estúdios da Globo, percebe que o tempo todo ele está rabiscando ou anotando coisas no montinho de pequenos papéis. E como o próprio Faustão diz, “Quem sabe faz ao vivo”!
Já apresentadores de programas policiais conversam, discutem, gritam, contam piada, com os diretores que estão no ponto eletrônico. É uma forma de conduzir a atração e mostrar ao telespectador toda a agilidade da atração. Isso é um perigo! Pois é um formato que nem sempre funciona, especialmente porque pode revelar desconhecimento de quem apresenta sobre determinado assunto.