Programa do Jô e o 11 de setembro

E nessa semana muito se falou sobre o fim do Programa do Jô. Alguns disseram que já era hora, outros  vão sentir saudade. Bom, para mim não é uma coisa nem a outra. Estava lá na plateia do gordo em São Paulo no dia 11 de setembro de 2001. Isso mesmo! 11/09/2001. No mesmo dia dos atentados terroristas que destruíram as torres gêmeas em Nova York.

Era uma excursão da faculdade de jornalismo. Uma época em que as informações online não eram tão instantâneas quanto hoje. Resultado: ninguém sabia bem o que estava acontecendo. As informações chegavam às migalhas em caras ligações de celulares. Durante a gravação do programa, que iria ao ar ainda naquela mesma noite, após o Jornal da Globo, o clima era de tensão nos estúdios. Jô Soares também não escondia o nervosismo.

As entrevistas programadas para o dia foram mantidas, contudo não tiveram a mesma empolgação habitual e prometida. Nem mesmo durante o papo com o índio Poka Ropa – uma cara tipo Oil Man que insistia em andar vestido de índio em uma cidade, que não me lembro qual, do interior paulista.

Não teve a menor graça sinceramente. Durante as entrevistas Jô se perguntava, perplexo, sobre o que estaria acontecendo nos Estados Unidos e no mundo. Naquela altura ninguém sabia, apenas suspeitávamos, de quem seriam os responsáveis pelos atentados. As perguntas eram: teria mais? Como eles conseguiram atingir um dos símbolos do poder norte-americano? Não tem como esquecer do Programa do Jô tão cedo.

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