Novela de 1997, Por Amor estreou no Vale a Pena Ver de Novo com a melhor marca em audiência da faixa de horário de reprises da Globo em dez anos. A trama de Manoel Carlos anotou 18,9 no Ibope na Grande São Paulo. Uma das explicações, claro, é a nostalgia, a lembrança de uma década que está em alta – como já acontece com a Verão 90, que se passa na década de 1990, exibida às 19h, também pela Globo.
Hoje em dia, a história central de Por Amor provavelmente não aconteceria. Na maternidade, Helena (Regina Duarte) troca seu filho com o da filha, Maria Eduarda (Gabriela Duarte), bebê esse que morreu por complicações no parto. Com as câmeras de segurança, a troca feita por Helena, para que Maria Eduarda não sofresse com a perda do filho, fatalmente seria descoberta e não haveria a trama.
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Outro fato bem significativo da época é que Maria Eduarda foi um dos primeiros nomes a viralizar ainda nos princípios da internet no Brasil, de maneira negativa. Ainda não havia rede social, porém sites dedicados a odiar a personagem de Gabriela Duarte se popularizaram. Eram os primeiros haters do Brasil.
Nos fóruns de discussão (acho que ninguém mais usa isso), noveleiros pediam a morte ou sumiço da personagem tida como mimada e chata pelos telespectadores. Em muitas entrevistas, a atriz Gabriela Duarte explica que essa sensação de desgosto por Maria Eduarda fazia parte do enredo. Até porque era Helena quem não queria ver a filha sofrer e passar por aquela provação de perder o filho logo após o nascimento. Mas o mais legal mesmo é ver atores 20 anos mais jovens, alguns bem em início de carreira, como Fábio Assunção.