Neste mês, chega às livrarias o livro Televisão em 3 Tempos: Três épocas de um Brasil que viu nascer a televisão em preto e branco, cores e digital, do pesquisador Elmo Francfort. A obra insere a televisão na realidade sociocultural do país, como parte integrante do processo de desenvolvimento do Brasil. Além disso, aborda, com profundidade, a implantação dos três formatos de televisão: o preto e branco, em 1950; as cores, lançadas oficialmente em 1972; e a alta definição, inaugurada em 2007.

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Fatos curiosos e polêmicos estão nas páginas desta obra, como as dificuldades da implantação da TV em cores no Brasil e o fato de que foram os brasileiros que inauguraram a TV em cores na Argentina, também nos anos 1970. Também está lá a história de que a apresentadora Hebe Camargo, figura ilustre dos 64 anos de história da TV, faltou na inauguração de 1950 e também na da era da TV digital, em 2007.

É possível também saber o panorama atual da implantação e como será o desligamento da TV analógica, previsto para 2018. E o panorama histórico do Brasil e do mundo, inclusive com o que aconteceu no dia em que a televisão chegou ao país. Os transmissores estavam prontos para gerar as imagens, mas, conta a história, que esqueceram de trazer os aparelhos para reproduzi-las, situação que causou alvoroço e correria para que 200 televisores fossem trazidos às pressas do exterior. Já no país, os aparelhos foram distribuídos em pontos estratégicos para atender interesses políticos.

Francfort ainda entrevista Vida Alves, protagonista do primeiro beijo na TV, em Sua Vida Me Pertence, da TV Tupi. Vida conta o que viu nos bastidores das três inaugurações da televisão no Brasil. Ela revela como os atores, na época estrelas do rádio, souberam que a televisão começaria a ser montada: “Quisemos fazer até greve”, relembra. Ainda bem que a tal greve não vingou, não é mesmo?

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