Nos anos de 1980 existiam grupos musicais infantis como o Trem da Alegria – muitos deve lembrar de Juninho Bill dizendo que seria presidente do Brasil, na música Fera Nenêm – que vendiam mais que discos de Roberto Carlos. Era tempo da TV aberta. Agora o jeito dos baixinhos, como diria a Xuxa, assistirem seus programas e grupos favoritos mudou completamente.
Os ídolos estão no Youtube, em canais só seus. Por causa disso, de uns tempos para cá os canais não pagos vem procurando resgatar a audiência dos pequenos. Na Globo, tem a Dancinha dos Famosos, quadro do Domingão do Faustão, e ainda o The Voice Kids. A emissora extinguiu a programação infantil da sua grade semanal, abriu espaço para atrações de saúde e em entrevistas, como o Bem Estar e o Encontro com Fátima Bernardes.
Agora a emissora sentiu a necessidade de estar perto de novos públicos, não tão mais ligados na força do chamado padrão Globo de qualidade.
Hora de correr atrás, mesmo porque o SBT sempre dá um jeito de privilegiar os pequenos. É Carrossel, Chiquititas, Carinha de Anjo, Patrulha Salvadora e etc. O foco é nas crianças e adolescentes. Até Silvio Santos entra na roda. A Band também aposta no Master Chef Kids, seguimento ainda recente no Brasil. Criticado, mas também elogiado na mesma medida. O fato é que as emissoras querem resgatar a simpatia das crianças. Afinal, em breve, a tv aberta estará na mão deles.
A grande concorrência desses canais são os youtubers. Eles que até livros sobre suas trajetórias já lançaram. Basta ir numa livraria com uma criança que eles reconhecem todos os ídolos entre os mais vendidos.
