A votação do impedimento da presidente Dilma Rousseff, no domingo passado, provocou situações inéditas na programação dos canais abertos. Pela primeira vez, desde 1989, quando estreou na Globo, o Domingão do Faustão não foi exibido. Globo, Record, Band, Rede Brasil e Rede TV! exibiram voto a voto por mais de seis horas direto do Congresso Nacional. E o SBT? Bom, o canal de Silvio Santos manteve a programação normal, nada de política.

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O resultado disso foram índices respeitáveis de audiência para o SBT. Uma grande demonstração de que muita gente não estava nem ligando para a decisão e votos recheados de homenagens dos mais 500 deputados. O que mostra, pelo menos, descrédito na programação especial que define os rumos políticos do Brasil.

Mas como foi em 1992 na votação do impeachment de Collor? Sem internet, celulares e aplicativos, teve de tudo nas transmissões das TVs: Marília Gabriela chorando na Band, Alexandre Garcia emocionado na Globo e Boris Casoy aos gritos no SBT.

Naquele dia 29 de setembro,

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as emissoras começaram a cobertura logo cedo. O SBT desta vez participou. Era o auge do jornalismo na emissora, que inovava com o Aqui Agora e com o Telejornal Brasil, que Casoy ancorava e também omitia opinião. Era novidade, pois antes os âncoras apenas liam as notícias como se estivessem no rádio.

A Globo, a Band e a finada Manchete exibiram vários flashes desde a manhã e passaram a transmitir do Congresso Nacional a partir do início da tarde. Depois, no dia seguinte, analistas falaram sobre a cobertura nos jornais. A impressão final era de que Casoy havia tido o melhor desempenho entre todas as coberturas.

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