Estamos bem perto da eleição e os debates entre os postulantes ao mais importante cargo público estão em todas mídias – TV, rádio, jornais, portais e rede sociais. Tudo muito diferente do que aconteceu em 1989. O país estava com saudade da democracia. Foram anos e anos sem poder escolher o presidente da República desde o golpe de 1964 – com os militares no poder, não havia debates, tão pouco opiniões podiam ser manifestadas.
Por isso, na primeira chance para debater entre os candidatos, as redes de TV chegavam a ser unir, faziam, por vezes, um debate só, com a participação do time de jornalistas de todas emissoras. Algo improvável nos tempos atuais. Era um sinal de que, ao menos, o país estava unido no propósito democrático, mesmo que houvesse candidatos de direita, esquerda ou de centro.
+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do trio de ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!
Os times de cada emissora eram realmente fortes: na Globo, ancorava Alexandre Garcia, sempre por dentro nos bastidores de Brasília. Garcia tinha até uma crônica no Fantástico em que fazia piada com as falas dos políticos. Era a alegria de finalmente poder falar em política no botequim ou dentro dos lares brasileiros.
A Band tinha Marília Gabriela e o SBT contava com Boris Casoy, um dos primeiros âncoras do Brasil a comentar notícias. Naquela época e antes, o apresentador apenas lia o texto na apresentação do telejornal. Era mais divertido que hoje, com certeza!