Falecido ontem, vítima de câncer, o ator Paulo Silvino teve até uma passagem na TV paranaense. Foi em um programa de auditório na Rede OM, hoje CNT. Era uma espécie de Cassino do Chacrinha, exibido nas noites de sábado. Tinha atrações de calouros, musicais e jurados. Era 1992, no auge da emissora com sede em Curitiba, que também contratou na mesma leva Galvão Bueno e o apresentador Clodovil Hernandez.
O programa não teve muita duração, assim como a passagem meteórica dos reforços das Organizações Martinez. Mas há uma explicação para que Silvino, que era humorista, embarcasse na ideia de conduzir um programa de auditório: ele já havia substituído Chacrinha, na Globo, quando o apresentador já estava doente, curiosamente, também com câncer.
De início, Silvino tentava imitar o Velho Guerreiro, mas, com o tempo, resolveu ser ele mesmo e até garantiu a audiência da atração. O relato do humorista sobre substituir o apresentador em 1988 está disponível na internet.
Em programas humorísticos, a estreia na TV Globo foi em 1966, foi no Canal 0, que mais tarde mudou o nome para TV0-Canal 0. Ele se destacaria também em programas como Balança Mas Não Cai (1968), Planeta dos Homens (1976) e Viva o Gordo (1986). Também atuou no Zorra Total. E deixou sua marca como intérprete de personagens lunáticos e criou bordões absurdos como “Ah, eu preciso tanto!”, “Eu gosto muito dessas coisas!”, “Guenta! Ele guenta!”, “Ah, aí tem!” e “Dá uma pegadinha!”.