Sabe aquele pesinho extra, barriga para fora da calça, muitos homens chamam de “calo sexual”. As mulheres normalmente se preocupam mais, querem sempre estar bem em frente ao espelho e às amigas. A esposa magrinha sempre brigando com o marido que está acima do peso:
- Vá emagrecer homem, isso vai te matar!
E ele responde: - Sou gordinho, mas sou saudável. Faço exercício mais do que você!
Será que ele tem razão? Existe gordo saudável?
Sim, segundo um estudo publicado em junho de 2017 no Jornal Inglês de Medicina do Esporte feito pela Universidade de Granada na Espanha, se a pessoa é fisicamente ativa e tem um condicionamento cardiorrespiratório de moderado a alto, ela pode contrabalançar as consequências negativas da obesidade.
Os maiores riscos de morte da obesidade vêm da síndrome metabólica que leva a problemas cardíacos. Porém, o exercício físico funciona como um remédio contra esses problemas, atenuando essas consequências metabólicas deletérias causadas pela obesidade. Existem estudos que apontam que pessoas obesas fisicamente ativas tem uma redução de 50% no risco de desenvolver depressão em comparação com seus pares obesos sedentários.
E a pergunta que não quer calar, quem é mais saudável, a esposa magra sedentária ou o marido gordo ativo?
Segundo esse mesmo estudo, existe uma crença geral que a pessoa estando com peso normal ela é saudável, e isso é uma mentira. Eles relatam que pessoas com o peso normal, mas que são inativas podem ter um maior risco que uma pessoa obesa ativa.
A conclusão do estudo que tem o nome de “The Fat but Fit paradox: what we know and don’t know about it” é que o tratamento da saúde para obesos não deve ser unicamente focado na perda de peso, e sim também no aumento da aptidão cardiorrespiratória.
Porém não é um futebol 1x por semana ou uma caminhada leve no parque que vão ajudar. Para isso é necessária uma aptidão cardiorrespiratória de moderada a alta. Para levar a esse aumento é necessário exercícios físicos regulares com intensidades satisfatórias para levar a esse aumento.
Para conseguir essa melhora de maneira saudável e segura procure por um profissional de Educação Física.
Referência:
B Ortega, Francisco & Ruiz, Jonatan & Labayen, Idoia & Lavie, Carl & N Blair, Steven. (2017). The Fat but Fit paradox: What we know and don’t know about it. British Journal of Sports Medicine. 52. bjsports-2016. 10.1136/bjsports-2016-097400