Trago hoje um tema solicitado por muitos dos meus leitores. Há uma grande dúvida a respeito do treinamento aeróbio em jejum e os resultados dele no emagrecimento.
O aeróbio em jejum é difundido como uma maneira de potencializar os efeitos do emagrecimento. Esse método se popularizou com os fisiculturistas, que executam treinos de longa duração antes do café da manhã na intensidade da zona alvo de queima e gordura, ou seja, em baixa intensidade.
Explica-se que em jejum prolongado as reservas de carboidrato estão menores e consequentemente o metabolismo das gorduras está aumentado, então supõe que uma forma de otimizar o emagrecimento seria fazer exercício no momento em que o organismo está suscetível à queima de gordura, consequentemente o emagrecimento se tornaria ainda mais eficaz.
Diante dessa realidade a Universidade de Vermont, nos EUA, realizou um estudo para entender o quanto essa prática resulta na perda de gordura. Eles avaliaram pessoas que executavam 60 minutos de atividades depois de um jejum de 15 horas e outro grupo de pessoas executando a mesma atividade sem estar em jejum. O estudo mostrou que as pessoas que estavam em jejum perderam apenas 1,6g de gordura a mais das pessoas que não estavam em jejum.
Outro estudo da Universidade de Padua na Itália verificou que ocorre a diminuição do metabolismo em repouso como resposta do nosso corpo ao jejum, e consequentemente a menor utilização da gordura nas 24 horas seguintes após o aeróbio em jejum comparado com o mesmo exercício antecedido por uma refeição.
Segundo Paulo Gentil em seu livro “Emagrecimento, quebrando mitos e mudando paradigmas” da mesma maneira que executar exercícios aeróbios na zona alvo de gordura não resulta no emagrecimento, o aeróbio em jejum também não é eficaz. Cada vez mais os estudos comprovam que para um emagrecimento eficaz o ideal é executar exercícios em alta intensidade como o HIIT.
Na próxima semana o tema será como realmente potencializar o emagrecimento.
Abração e até a próxima quarta-feira.
