Atualmente, a violência doméstica é considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como uma epidemia mundial. Dissimulada ou explícita, ela atinge 30% das mulheres, sendo que o relatório da OMS ainda indica que aproximadamente 40% das mulheres mortas no mundo foram assassinadas pelos companheiros.

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Literalmente, ela pode ocorrer dentro do âmbito familiar entre indivíduos unidos por parentesco civil, como marido e mulher, sogra, padrasto, ou parentesco natural como filhos e irmãos.

No Brasil os dados vêm da secretaria de política para mulheres, e não são menos assustadores. Estima-se que, entre 2001 e 2011, mais de 50 mil mulheres brasileiras foram assassinadas, o que equivale a cinco mil mortes por ano. Da mesma forma, a maioria das mulheres continua sofrendo algum tipo de agressão, o que pode incluir lesões físicas, sexuais, psicológicas, morais ou patrimoniais.

Esta violência exerce um grande impacto sobre a saúde da mulher porque geram problemas como fraturas, contusões, complicações na gravidez, doenças sexualmente transmissíveis, depressão e outros problemas emocionais.

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No consultório tenho observado a dificuldade que a mulher tem em lidar com o assunto. Não é difícil imaginar que uma mulher agredida, não importa de que maneira, não trabalha com a mesma determinação, não produz o seu melhor. E isto certamente irá impactar na economia do País, visto que o número de internamentos hospitalares, medicamentos e afastamento do trabalho por problemas de saúde nestas vítimas são crescentes.

Não se enganem pensando que este problema atinge apenas mulheres menos privilegiadas economicamente. Todos os níveis socioeconômicos e culturais são atingidos de maneira igual. A lei Maria da Penha, promulgada em 7 de agosto de 2006, criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

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Nada justifica a violência.