Mais do que 50 anos depois do desenvolvimento dos contraceptivos hormonais orais, eles continuam a ser uma opção disponível apenas para mulheres. Nos Estados Unidos, 17,5% das mulheres com idades entre 15-44, usam contraceptivos orais, de acordo com os Centros dos EUA para Controle de Doenças (CDC).

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Para os homens, as opções são as mesmas à séculos – preservativos e vasectomia. Não existe uma pílula à vista. A vasectomia é mais popular entre os homens mais velhos, enquanto homens mais jovens preferem preservativos. Fora isto, a tabela e o coito interrompido não dá pra chamar de método contraceptivo. Por isso, estamos na mesma há séculos.

Uma estratégia de início utilizado em pesquisas do contraceptivo oral masculino era controlar a produção de esperma, visando o hormônio testosterona. Aumentar os níveis de testosterona no organismo faz com que a glândula pituitária do sexo masculino pare de liberar os hormônios necessários para a produção de esperma.

Entretanto, não houve supressão suficiente e, estudos clínicos têm demonstrado eficácia variando desde uma redução de 60 a 90% na fertilidade, além de efeitos secundários que incluem ganho de peso e depressão, nada diferente dos anticoncepcionais hormonais femininos, mas acho difícil que os homens aceitem conviver com isso.

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O mais novo desenvolvimento promissor na contracepção masculina entretanto, não é uma pílula, mas uma injeção conhecida como Vasalgel. Trata-se de um polímero que está sendo injetado nos canais que transportam o esperma. Funcionaria como uma vasectomia, mas sem cortes. O gel é injetado num local semelhante ao corte durante uma vasectomia e bloqueia o esperma.

Um benefício adicional é que, ao contrário de uma vasectomia, o gel se destina a desintegrar-se quando uma segunda solução é injetada para quebrar a barreira. Isto faria com que o processo fosse reversivel. Fica a duvida se os homens irão usá-lo. Por enquanto, vamos usando o que temos, desejando que estas pesquisas se tornem o mais rápido possível em realidade.

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