Se vocês um dia já pararam para pensar nas vaginas vendidas nos sexshops, pasmem: hoje, vaginas artificiais já são uma realidade.

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Diversas destas unidades vendidas em lojas, que são puramente objeto de curiosidade e entretenimento para os casais mais ousados, são usadas nos Estados Unidos para os médicos testarem com sucesso o implante de células de material biológico desenvolvido em laboratório.

O mais legal é que as células utilizadas nestas pesquisas são células das próprias pacientes que, por razões genéticas, nasceram sem vagina.

A principal causa da agenesia, ou ausência da vagina, é uma síndrome chamada de síndrome Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), uma doença genética rara, na qual a vagina e o útero estão subdesenvolvidos ou ausentes.

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Estas mulheres possuem todas as características femininas, mas não possuem a vagina propriamente dita, o que as condenaria a uma vida sexual limitada e cheia de frustrações.

Os médicos americanos descobriram, estudando um grupo de quatro mulheres de 13 a 18 anos, que as próprias células das pacientes implantadas na região do períneo se diferenciam do restante dos tecidos e, o que é mais surpreendente, a “nova” vagina cresce à medida que as adolescentes amadurecem.

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A cirurgia não chega a ser inédita, eu mesma já acompanhei várias outras tentativas usando enxerto de pele, intestino ou mesmo membranas da placenta, mas todas com resultados bastante frustrantes para a paciente e para a equipe médica.

Esta é a mais recente demonstração dos progressos obtidos no campo da medicina regenerativa, ou seja, utilização do corpo para regenerar e substituir células.

Então, vamos dar um viva à tecnologia como aliada da medicina na busca pela qualidade de vida! E se você tem alguma dúvida, converse com seu médico.