O hormônio testosterona é produzido pelos homens nos testículos e glândulas suprarrenais e, nas mulheres, pelos ovários e também pelas suprarrenais. Não preciso dizer que esse hormônio dá as características sexuais masculinas, tais como pelos mais grossos e em maior número, aumento dos músculos e voz grossa, e também está ligado à libido e à disposição.

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Por essa razão, seria tentador pensar em usar este hormônio para fins estéticos. Imagine músculos definidos, praticamente ausência de celulite, estria inexistente e a libido presente e intensa. Entretanto, seu uso para esses fins está completamente proibido porque os riscos superam de longe as vantagens.

Nos Estados Unidos, o Food And Drug Administration (FDA), órgão de regulamentação de alimentos e medicamentos de lá, recentemente, alertou para o risco desse uso, afirmando que mesmo os homens não devem adquirir essa prática, a menos que os exames de sangue comprovem níveis baixos, situação conhecida como hipogonadismo.

O ruim é que muitas pessoas usam a testosterona sem orientação médica para combater a falta de libido e o cansaço, o que é um grande erro. Altas doses ou uso prolongado desse hormônio podem causar trombose, distúrbios do colesterol, intoxicação hepática ou até mesmo tumores no fígado.

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Mas há, sim, uma indicação para mulheres, para o tratamento de distúrbios na menopausa. Nessa fase, problemas sexuais, em especial perda da libido ou desejo sexual, ressecamentos vaginais e dificuldades no coito são frequentemente relatados. E a testosterona, nas doses certas e individualizadas, tem colaborado para melhorar estas queixas.

Por isso, nessa fase, a testosterona pode ser bem-vinda, atuando bem na libido, além de ajudar na melhoria da musculatura. Mas, de qualquer forma, o uso deve ser indicado, orientado e acompanhado por um profissional habilitado na área.

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