Salvação do dia seguinte?

Festou muito no Carnaval, perdeu o controle e agora quer saber mais sobre a pílula do dia seguinte? Pois bem, sem dúvida, essa pílula é bastante procurada após período de “descuido” e pode ser utilizada pela maioria das mulheres, sim. Ela é contraindicada apenas para quem sofre de alguma doença hematológica (do sangue), vascular, é hipertensa ou obesa mórbida.

Porém, como o próprio nome diz, deve ser usada em casos excepcionais e não como anticoncepcional de rotina. A dose alta de hormônio do medicamento, cerca de 20% a mais do que o existente em uma drágea de anticoncepcional, aumenta o risco de efeitos colaterais. E como todo método, há risco de falha.

Existem dois tipos. Um deles vem em dose única e o outro são dois comprimidos (um ingerido logo após a relação e outro após 12 horas). Seja qual for o tipo, deve ser usado no máximo 72 horas após a relação sexual. Quanto mais tempo demorar, menor será a eficácia.

Essa pílula age antes que a gravidez ocorra. Se a fecundação ainda não aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozóide com o óvulo. Agora, se a fecundação já tiver ocorrido, irá provocar a descamação do útero, impedindo a implantação do ovo fecundado. Caso o ovo já esteja implantado, ou seja, já tenha iniciado a gravidez, a pílula não tem efeito algum.

Mas nem pense em se acomodar porque ela existe. A pílula deve ser tomada apenas quando o método contraceptivo escolhido falha. Além de apresentar efeitos colaterais muito mais severos que a pílula comum, e ser bem mais cara, o contraceptivo de emergência não a protege das doenças sexualmente transmissíveis. Contra elas, só mesmo a boa e conhecida camisinha.