O risco silencioso

Sei que o TDelas já falou sobre este assunto na semana passada, mas hoje trago mais algumas informações pra reforçar a conscientização.

Se você tem ou já teve gato, precisa redobrar os cuidados se pretende engravidar. Uma doença silenciosa e extremamente grave para seu bebê pode ocorrer caso seu gatinho tenha transmitido toxoplasmose para você durante seu período de convivência.

A toxoplasmose, transmitida pelo protozoário Toxoplasma Gondii, é uma doença infecciosa de características muito variáveis. E mesmo aqueles gatos que vivem sob cuidados especiais dentro de apartamentos podem contribuir com essa transmissão. Por isso, também é conhecida como doença do gato.

O problema é que, dependendo da fase em que ocorre a transmissão, pode representar implicações sérias para o feto. E, em muitos casos, os sintomas da toxoplasmose podem não se manifestar ou serem confundidos com os de uma gripe e a pessoa nem fica sabendo que se infectou. Mas ainda pode ocorrer febre diária, gânglios intumescidos e espalhados pelo corpo.

O parasita gosta de tecido nervoso, por isso, fora da gravidez ou mesmo nela, ele pode ser encontrado na retina da mulher, causando problemas diversos visuais, principalmente se atingir o nervo óptico. Durante a gravidez, ele ultrapassa a barreira placentária, se tornando mais grave dependendo da fase da gestação em que você está.

O principal exame de triagem realizado durante a gravidez é a sorologia materna (IgM e IgG). Este teste é simples e realizado através da coleta de sangue. Ele deve ser realizado em todo pré-natal, começando no primeiro trimestre, e sendo repetido no segundo e no terceiro trimestre, se a mãe nunca apresentou toxoplasmose. Melhor ainda se o exame for realizado já na primeira consulta de pré-natal.

Como consequência da toxoplasmose, os bebês podem nascer amarelinhos, o que chamamos de ictérico, com baço e fígado muito aumentados, além disto, inflamações no coração, pulmão, olhos e outros órgãos podem ocorrer.
Portanto, doença grave, a toxoplasmose deve ser prevenida, sendo investigada na mulher em fase reprodutiva. Se você tem dúvidas, procure esclarecer com seu médico.