Esclerose múltipla

A sugestão de abordar a esclerose múltipla enviada pela leitora da coluna Dayane Hyrt, me inspirou a continuar falando sobre doenças autoimunes. Ela tem toda razão em dizer que é um tema interessante para ser esclarecido e que atinge mais mulheres do que homens.

Então, começo relembrando o que é uma doença autoimune. Todos os seres humanos tem sistema imunológico e de uma hora para outra esse sistema de defesa passa a perceber o próprio corpo como algo estranho e ataca a si mesmo. No caso da esclerose múltipla, o corpo enxerga como uma ameaça a mielina, que é uma capa de gordura, a qual reveste os nervos. Após um surto da doença ocorre a diminuição dessa quantidade no sistema nervoso central.

Muita gente pensa que é uma doença mental, mas não é! Também não é contagiosa e o tratamento busca atenuar os sintomas e a evolução do quadro clínico, pois atinge cada pessoa de uma forma diferente. Neste ponto se justifica a importância de buscar esclarecer o diagnóstico para entender melhor a doença.

A esclerose múltipla afeta sistema nervoso central, em determinadas regiões. Por exemplo, se a doença acometeu um nervo óptico, os impulsos nervosos ficam lentos nessa área e futuramente ela pode afetar a visão. É uma situação delicada, pois o campo do diagnostico da esclerose múltipla é amplo e há quadros da doença que podem levar décadas para se desenvolver. Embora não tenha cura, a medicina tem alcançado bons resultados para que o paciente possa viver bem. Temos muito mais para falar sobre a esclerose múltipla, como o custeio do tratamento pelo Governo, além de outros direitos.

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