Cuidados com a saúde na menopausa

Um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apontou que, entre 1991 e 2010, houve um aumento de 9,2 anos na longevidade do brasileiro. Por isso, nossa expectativa de vida é alta. Mas não adianta vivermos mais tempo se vivermos esse tempo mais doentes.

O segredo está na prevenção e no diagnóstico precoce das doenças. Essas são as palavras-chaves para vivermos mais e melhor. Se formos pensar, a prevenção das doenças começa na primeira infância ou até mesmo na fase intrauterina, quando estamos na total dependência de como transcorre a gravidez e quais cuidados nossa mãe toma com a alimentação e sua própria saúde.

Para a mulher na menopausa, o ideal seria se consultar com o ginecologista e o geriatra tão logo se instalarem os sinais e sintomas das variações hormonais, o que normalmente ocorre por volta dos 55 anos. As visitas aos consultórios devem ser anuais ou ainda mais frequentes, caso haja alguma doença conhecida, seguindo a orientação dos profissionais.

O geriatra funciona como um clínico-geral especializado nessa fase da vida, cobrando os pacientes sobre necessidades básicas, como vacinação, alimentação, além da própria visita dos pacientes a outras especialidades médicas, como cardiologista, etc.

Por isso, alguns exames não podem deixar de ser realizados, como colesterol e todas suas frações, glicemia, estudos da funções da glândula tireoide, dos rins e do fígado, vitaminas e proteínas. Isso, no mínimo, avaliará o risco de anemia, o metabolismo e a condição de nutrição da paciente. Já o perfil lipídico (nível de gorduras) revelará se há ou não risco de aterosclerose, AVC ou hipertensão arterial.

Os exames radiológicos mais indicados seriam: mamografia, ecografia de mama, ecografia de abdômen e pelve, raio-x de tórax e a densitometria. Esse último, para as mulheres, tem como principal finalidade o controle do risco de osteoporose, visto que as quedas afetam 30% das idosas, podendo levar a fraturas e morte.

O exame ginecológico não pode deixar de ser realizado, mesmo quando não existir mais vida sexual ativa. É importante lembrar que algumas infecções independem de relação sexual. Por isso, o exame de papanicolaou anual é imprescindível. Por último, vale ressaltar a necessidade de bons hábitos de saúde, como atividade física regular, dieta equilibrada e não fumar.