O esporte ajuda a criança e o adolescente ter consciência de si, do seu potencial e suas qualidades, também das suas dificuldades, dos seus medos e inseguranças. Os pais podem aproveitar a diversidade de informações e lições que o esporte transmite, para tornarem os filhos cidadãos mais conscientes e emocionalmente saudáveis (desenvolvimento da maturidade emocional).

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O esporte ajuda a:

*Construir senso de responsabilidade e de esforço.

*Ser persistente e não desistir no primeiro obstáculo.

*Ajuda a criança a lidar com os conflitos, focando superá-los em vez de desistir nas primeiras dificuldades.

É importante os pais conversarem e se interessarem pela atividade física (em como o filho interage e convive com os colegas, como lida com as frustrações, inseguranças ou conquistas durante o esporte). Assim podem escutar e conhecer mais sobre o seu dia a dia do filho, aproveitando para reforçar os valores (que o esporte ensina), entender como o filho lida com as emoções e encara o ganhar e perder. É uma oportunidade para ensinar o filho formas de lidar com a ansiedade, receios e inseguranças de forma saudável.

Entender como a criança encara o ganhar e perder no esporte ajuda os pais a compreenderem sobre como a criança lida com suas emoções, com as possíveis angústias e alegrias que o esporte (e a vida) traz. Assim, os adultos podem aproveitar oportunidades com a conversa sobre o esporte para ensinar o filho formas de lidar com a ansiedade, receios e inseguranças de forma saudável.

Os pais podem apoiar, escutando, acolhendo as frustrações, orientando que nem sempre se ganha, mas que é possível ser vitorioso mesmo não sendo o primeiro colocado. Aconselhar que é sim importante se esforçar e melhorar o desempenho, mas o objetivo é superar a si mesmo, esse é o maior desafio. É preciso paciência e persistência, pois tudo tem o seu tempo, exige esforço, dedicação e treino. É bom a criança ter vontade de vencer e melhorar. A competitividade de forma saudável ajuda a lidar com os grandes desafios na vida adulta.

Deve levar em consideração a idade e a personalidade do filho para não exigir dele uma postura, maturidade ou habilidade que ele ainda não desenvolveu. É muito negativo exigir que ele sempre ganhe e seja o melhor (o interessante é estimular para ele dar o melhor de si, e não ter que ser o melhor sempre. A pressão pode gerar ansiedade). Mas também não é interessante dizer que ganhar não tem a sua importância, nem 8 e nem 80, é necessário o equilíbrio. Não é possível e nem necessário ganhar sempre, mas também não é interessante criar a ideia para o filho que a vitória não tem o seu valor e o seu mérito.

É muito prejudicial os pais pressionarem, debocharem ou insultarem o filho quando ele não desempenha bem o esporte. Os pais precisam avaliar o nível de exigência que estão solicitando aos seus filhos, entendendo qual a intenção dessa exigência e de que forma ela está sendo feita.  É perigoso quando os pais buscam curar as próprias feridas e frustrações através das conquistas dos filhos (seja na área esportiva ou profissional e afetiva). Por exemplo: há adultos que ficaram frustrados com o desempenho no esporte no próprio passado, e buscam resolver seus traumas ou decepções daquilo que não conseguiram através dos seus filhos, projetando todas as expectativas nele, sufocando-o e cobrando troféus.

É ruim gerar competitividade de forma negativa, estimulando a criança ou adolescente a depreciar o colega ou querer “passar a perna no amigo”. É importante ajudar o filho entender que cada um tem a sua característica e o seu potencial, e que ele pode aprender com a habilidade do outro, desenvolver habilidades com o ensinamento do amigo.

É preciso tomar cuidado para não tornar o esporte algo negativo e sufocante. É indicado avaliação com o psicólogo caso os pais ou o filho passe a se cobrar muito em relação ao esporte, gerando angústias ou desavenças entre a família.

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