As crianças e adolescentes precisam de limites, porque assim eles aprendem a conviver em sociedade, a lidar com os conflitos e com as próprias frustrações. É necessário os pais educarem o seu filho de maneira equilibrada, em que tenha limites, mas também tenha espaço para ele desenvolver a autonomia e maturidade emocional para saber se “virar” quando for adulto. Alguns pais perdem essa medida, e passam a oprimir e exigir dos filhos obediência absoluta, em que a criança ou adolescente não pode dizer nada, não pode “abrir a boca” porque senão significa desrespeito.
O bom senso deve estar na mente dos pais, entendendo que não precisa ser nem 8 e nem 80, nem ser inflexível e nem ceder a todos os pedidos do filho. O segredo é o equilíbrio. É importante explicar as regras para o filho, fazendo combinados de acordo com a idade dele e a sua maturidade.
Se os pais não permitirem e ensinarem o filho a pensar e decidir por si mesmo, ele não saberá fazer isso “fora de casa”. Dessa forma ele provavelmente não se sentirá confiante, terá dificuldade de se relacionar com os colegas, de estabelecer limites com as outras pessoas. Isso acabará afetando negativamente na sua forma de lidar com os desafios da vida e frustrações do dia a dia, tanto na sua vida pessoal, quanto na vida escolar, e futuramente na vida profissional.
Os filhos sofrem com os pais tiranos. Pais autoritários podem gerar filho:
*Inseguro, baixa autoestima, sintomas de estresse, depressão ou ansiedade.
*Agressivo, confrontando pessoas que representam algum tipo de autoridade.
*Adulto rígido, que cobra muito de si mesmo e dos outros. Nada será bom o suficiente. Dificuldade em se divertir e relaxar.
*Resistente a falar e reconhecer sobre os próprios sentimentos, sobre as suas dificuldades.
*Passivo, esperando que alguém diga o que deve ou não fazer. Dificuldade para argumentar.
É fundamental orientar a criança e o adolescente, mas também é necessário dar oportunidade para o jovem falar sobre si e despertar a sua própria autoconsciência, dessa forma o filho será capaz de avaliar as situações, dizendo “sim“ para as coisas boas e “não” para aquilo que pode ser ruim.
A opinião própria e autopreservação só é adquirida pelo jovem se lhe for permitido questionar e dizer o que pensa. Assim, aos poucos, ele aprende a negociar e refletir sobre as suas escolhas e os seus comportamentos. É importante os pais darem essa abertura, explicando para o filho que pode expressar o que sente e pensa de forma respeitosa, levando em consideração as regras e as diferenças de cada um.
É indicado o acompanhamento com psicólogo quando os pais ficam confusos quanto à forma de conduzir os limites ou a flexibilidade com os filhos. É momento de encaminhamento para o psicólogo quando os pais sentem que o filho está tendo problemas nos relacionamentos ou conflitos emocionais. O profissional poderá orientar e ajudar no desenvolvimento saudável da criança e adolescente.