Rafael dos Anjos fez o que pôde na divisão até 70 quilos. Porém, nem ele mesmo sabe como chegava até esse peso no passado. Mesmo assim, o brasileiro chegou ao auge entre os leves e saiu com o cinturão da categoria no UFC. Após perder o título e se complicar muito para atingir o limite do peso, o carioca decidiu ter uma nova fase dentro da organização. Agora, Rafael dos Anjos está entre os meio-médios e estreia na categoria neste sábado, a partir das 5h45 (horário de Brasília), pelo UFC Singapura.
“Eu realmente não sei como fazia aquilo (bater 70kg). Foi muita mão de Deus na minha vida e um plano Dele para eu ser campeão do peso-leve, porque até para bater 77kg ainda tenho que desidratar, ainda tenho que fazer uma dieta forte. As pessoas não têm noção, mas sou pesado. Estou na dietinha. Com certeza vou perder muito menos peso, mas ainda tenho que cortar, não é tão fácil. Mas é muito mais saudável para mim e acredito que vou me apresentar melhor e mais forte”, disse Rafael, em entrevista ao site oficial do UFC.
Diante de Tarec Saffiedine, o brasileiro se sentirá em casa. Isso porque Rafael já morou em Singapura no passado etem muita identificação com o país. “Minha primeira vez em Singapura foi em 2009 e já morei aqui em 2010 por três meses com minha família. Gosto muito daqui, tenho bons amigos e sempre venho treinar com a equipe Evolve. A Evolve tem um time muito forte aqui, são três academias e muitos alunos. Já venho aqui há oito anos, a galera já me conhece aqui na área, então com certeza o público vai estar do meu lado. É muito bom estar lutando aqui”, frisou.
Primeiro rival
Na categoria dos meio-médios, Rafael dos Anjos estreará contra o décimo primeiro colocado, o belga Tarec Saffiedine, que possui um currículo irregular no UFC, tendo perdido três vezes nas últimas quatro lutas.
“O Saffiedine é um cara que joga bem na estratégia, pontuando, e eu sou um cara que vai mais para cima. Pelas lutas que eu vi, os caras que botaram pressão nele, ganharam a luta, e é o que eu vou fazer também. É o meu jogo, andar para frente, bater firme na curta distância, isso vai fazer a diferença”, destacou Rafael.
Atualmente, o título dos meio-médios pertence ao americano Tyron Woodley. Para chegar até uma possível disputa de cinturão, o brasileiro reconhece que será um sonho árduo. “Eu sou um cara competitivo e quero ser campeão também, mas sem pressa, sem botar os bois na frente da carroça, passo a passo”, concluiu o experiente lutador.