Além de Anderson Silva, outros três lutadores brasileiros estarão em ação neste sábado (9), a partir das 21h30 (horário de Brasília), no UFC Austrália. São eles: os estreantes Marcos Rosa e Raulian Paiva, e o experiente Rani Yahya. E foi com o experiente brasiliense de 34 anos que o Direto do Octógono trocou uma ideia nesta semana.
Com 26 vitórias e nove derrotas em sua carreira profissional no MMA, Yahya, que está há oito anos no UFC, falou sobre o seu desafio contra Ricky Simon, a sua nova postura nas entrevistas, sua preparação e seu futuro na organização. Confira abaixo o bate-papo:
Direto do Octógono: O que você pode falar sobre o seu adversário?
Rani Yahya: Eu esperava alguém bem ranqueado, mas acabou vindo o Ricky Simon. Quando olhei o cartel dele, eu vi que, embora não seja um cara bem ranqueado, talvez uma vitória contra ele não tenha a mesma proporção que teria diante de um atleta ranqueado. Mas, na minha opinião, ele é um cara tão bom quanto os caras que estão ranqueados. Ele é um prospecto, um cara novo, que está em uma crescente e com uma sequência de vitórias muito boas, inclusive venceu as duas lutas que fez até agora no UFC. Acredito que uma vitória contra ele vai representar muita coisa pra mim como lutador.
Direto do Octógono: Você tem adotado uma postura mais provocativa em suas entrevistas. Por que houve essa mudança?
Rani Yahya: Estou começando a perceber que os brasileiros estão em desvantagem em relação ao trash talk. Por exemplo, não posso chegar lá nos Estados Unidos e xingar o país, ou chegar em uma pesagem e empurrar, cuspir e fazer aquela coisa toda. Isso teria consequências judiciais legais. O que precisa ser feito é se expressar mais. Por muito tempo carregamos esses valores das artes marciais, aquela coisa de respeito, mas acredito que tenha como você desafiar, até mesmo se gabar, aquela coisa de falar que você é melhor etc. A minha intenção não é fazer um trash talk agressivo, e sim me expressar mais e aproveitar as oportunidades que eu tenho na hora das entrevistas para me promover melhor e crescer através disso.
Direto do Octógono: Como foi a sua preparação para esse próximo desafio?
Rani Yahya: A minha preparação para esta luta foi na ATT. Foi excelente, durou 9 semanas no total. Cheguei na Austrália com 10 dias de antecedência, por conta da questão do fuso horário e da adaptação. Mas a ATT é um lugar onde eu aprendo coisas novas todos os dias. Seja uma técnica, um conceito ou uma mentalidade. Lá tem uma variedade de treino muito grande, muitos caras diferentes. Uma hora você luta com um cara top da luta em pé, outra hora com um cara que All American de Westling, outra com um campeão de Sambo lá da Russia, e por aí vai.
Direto do Octógono: Você já lutou em diversos países em sua carreira, como está a expectativa de lutar pela primeira vez na Austrália?
Rani Yahya: É minha primeira vez na Austrália e eu estou muito feliz. Desde que o UFC começou a fazer eventos na Austrália que eu tinha vontade de fazer parte de um card aqui. Por conta da luta, e muito por conta do UFC também, eu conheci diversos lugares do mundo e, pra mim, vale muito mais a pena estar aqui na Austrália fazendo uma luta do que vir aqui a turismo. Treinando aqui, vivendo e respirando essa atmosfera de luta, que eu amo fazer, eu consigo ter uma vivência muito mais profunda do lugar. Está sendo muito bom. Estou aqui fazendo os meus treinos e adorando tudo isso aqui. Energia muito boa, lugar muito evoluído e estou bem feliz com isso.
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