UFC 236: Melhores momentos de lutas históricas

Espetacular. Sensacional. Alucinante. Adjetivos extremamente positivos não faltam para as duas lutas principais do UFC 236, realizado no fim de semana, em Atlanta, nos Estados Unidos. Pra você que aprecia uma boa pancadaria, os duelos que valeram os cinturões interinos foram um prato cheio. Valeu a pena adentrar a madrugada para acompanhar os confrontos entre Israel Adesanya x Kelvin Gastelum e Max Holloway x Dustin Poirier. A primeira batalha já pode ser considerada uma das melhores de todos os tempos.

O nigeriano Israel Adesanya carregava em seu currículo 16 vitórias e nenhuma derrota. Sua última apresentação já havia sido respeitável. Ele bateu o ex-campeão Anderson Silva em um duelo já aclamado pelos críticos de plantão. Contra o americano Kelvin Gastelum, era notória a diferença de estatura. Com 1,93m, o africano tinha nada mais nada menos que 18 centímetros de diferença para o seu rival. Parecia uma guerra entre Davi e Golias. Nesta história, o Davi não se deu bem, mas deu um baita de um calor no Golias. 

Foram cinco assaltos de pura técnica e reviravoltas. O próprio Adesanya admitiu que Gastelum foi o atleta mais complicado que já enfrentou. Agora detentor do título interino, o nigeriano já tem uma nova missão ingrata pela frente. Ele brigará pelo título linear contra o campeão Robert Whittaker, que se recupera de lesão. E o UFC já revelou que esse embate será um dos maiores de todos os tempos. Um estádio está sendo reservado na Austrália para a batalha. Caso passe pelo campeão, Adesanya “corre o risco” até de uma superluta contra o americano Jon Jones. Quem viver, verá – como diria nosso saudoso Boluca. 

Brilhou o diamante

Na luta principal da noite, quem se destacou foi o americano Dustin Poirier, também conhecido como “Diamante”. Com 30 anos e no UFC desde 2011, parece que o peso-leve foi lapidado mesmo para chegar ao cinturão de sua categoria. A chance veio após ter passado por três ex-campeões em suas últimas lutas. Contra o peso-pena Max Holloway também ficou visível a superioridade física de Poirier. O havaiano foi um guerreiro. Aguentou chinelada e martelada de tudo quanto é lado. Mas, pesou a mudança de categoria. Com isso, o próximo compromisso de Holoway deve ser mesmo pelos penas. 

Já o futuro de Poirier está bem traçado. Em setembro, ele já reservou um espaço em sua agenda para pegar o campeão linear da categoria. O russo casca-grossa Khabib Nurmagomedov e o seu cartel invicto de 27 lutas e 27 vitórias. Vai pegar fogo!

Clássico brasileiro

Três brasileiros estiveram presentes no card do UFC 236. Primeiro, a mineira Poliana Botelho fez a sua estreia no peso-mosca e traçou muito bem a estratégia proposta pelo Mestre Pederneiras. Ela dominou o duelo contra Lauren Mueller e venceu na decisão unânime dos árbitros. Já no dérbi entre o carioca Alexandre Pantoja e o mineiro Wilson Reis, o primeiro foi quem saiu com um excelente resultado. Pantoja nocauteou Reis ainda no primeiro round, com um direto que fez o rival sair catando cavaco no octógono. O resultado deixa o carioca próximo de uma disputa de cinturão.

O calendário do UFC segue recheado em abril. No próximo sábado (20), tem o UFC Rússia, com os pesos-pesados Alistair Overeem e Alexey Oleynik na luta principal, e no dia 27 rola o UFC Fort Lauderdale, com o duelo entre o brasileiro Ronaldo Jacaré e o sueco Jack Hermansson. Oss!

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