Quando ainda era um menino, nem passava pela cabeça de Elizeu Zaleski ser um lutador de MMA. É claro que o jovem de Francisco Beltrão, no interior do Paraná, não deixava de acompanhar as lutas do tradicional Pride ou as primeiras edições do UFC, mas, o pensamento era apenas ajudar a família no sustento de casa por meio do trabalho no sítio. Pois bem, o tempo passou e Zaleski ganhou a fama com o nome de Elizeu Capoeira. E hoje, ele faz parte do UFC.
“Sinceramente, jamais pensei em ser lutador de MMA. Mas, sempre assisti por fita de vídeo os primeiros UFC’s e obviamente depois o Pride. Não tinha algo que queria ser quando crescesse além de estar trabalhando no sítio com meu pai e meus irmãos”, disse o atleta da CM System, de Curitiba, de 31 anos, que tem compromisso marcado no UFC 224, no dia 12 de maio, no Rio de Janeiro.
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Anteriormente, Elizeu Capoeira estava escalado para a disputa do UFC Londres. Mas, uma contusão acabou retirando o atleta do card às vésperas do evento. “Tive uma lesão no joelho um mês antes dessa luta de Londres e não ficaria apto. Então, com o aconselhamento do meu médico junto com minha equipe, resolveram cancelar o combate”, declarou o paranaense.
O próximo duelo, contra o americano Sean Strickland, será o sexto do brasileiro dentro da maior organização de MMA do mundo. A mudança brusca de vida de Elizeu Capoeira foi iniciada há três anos, quando estreou com derrota frente a Nicolas Dalby. Logo depois, só vieram triunfos – contra Omari Akhmedov, Keita Nakamura, Lyman Good e Max Griffin. “Com certeza minha vida mudou, afinal estou na Copa do Mundo da porrada. Amo o que faço e faço isso por mim e pela minha família”, ressaltou.
Em seu nome, Elizeu carrega o amor também pela capoeira. O esporte está no sangue do paranaense, que aproveita os períodos de folga para ‘jogar’ com os seus amigos e também visitar a família em Francisco Beltrão. “Curto muito reunir meus amigos e jogar capoeira, fazer churrasco e trabalhar nos afazeres do sítio junto com meu pai e irmãos. Sempre que posso vou pra minha cidade. Minha mulher é de lá e agora está pra nascer meu primeiro filho. Minha família toda é de lá, então é impossível não estar nessa transição Curitiba x Francisco Beltrao”, destacou o atleta.
Não tem como. Francisco Beltrão é a terra e o sangue de Elizeu Capoeira, que já mira o que fazer quando ‘pendurar as luvas’. “Penso em voltar pra minha cidade e tomar conta dos negócios do sítio junto com a minha família”. Esse é Elizeu Capoeira.