Já são 13 anos de invencibilidade no MMA profissional. Não é à toa que as artes marciais entraram na vida do paraibano Alberto Mina logo na infância. Hoje, o brasileiro colhe os frutos de muita dedicação à vida das lutas. Com 35 anos, o peso meio-médio terá no próximo dia 12, pelo UFC 224, o seu primeiro compromisso dentro do Brasil.
“Estou nas artes marciais desde os cinco anos de idade. Comecei no judô, daí passei pro jiu-jitsu e no final dos anos 90 eu ajudei alguns caras do vale-tudo. Despertou um desafio do MMA e foi ali que comecei. Fiz a minha primeira luta escondido do meu professor, mas daí ele percebeu que eu tinha talento, então ele passou a me apoiar”, disse o atleta, em entrevista à Tribuna. ““Estou muito animado em lutar no Rio de Janeiro, é a minha primeira vez no Brasil em 14 anos e espero encontrar toda a nação nordestina. Podem esperar o melhor de mim, vou sempre lutar e vou me propor ao que o combate me traga”, completou.
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Mas, afinal, com tanto tempo de invencibilidade, a pressão não bate em sua porta? “Por ser brasileiro e já que nosso país não aceita muito o percurso de um atleta. O caminho não é só de vitórias. Nosso público não aceita muito a derrota. Com isso, a pressão existe. Vou continuar trabalhando pra vencer sempre, mas sei que um dia o tropeço virá. Tenho sempre pensado positivamente pra que ela não apareça”, ressaltou.
Que o tropeço não venha diante seus compatriotas contra o russo Ramazan Emeev. Ao contrário dos nomes que estão em alta no MMA atual, Alberto Mina tem seguido à risca a ‘filosofia das lutas’. Com muito respeito em relação aos seus adversários, o paraibano ressalta que não tem compartilhado das mesmas ideias que estão sendo promovidas pelo Ultimate.
“Minha experiência no UFC tem sido interessante, tenho mais de 14 anos de luta profissional e já passei por 35 países. Estamos em um momento de muito trash-talk e eu sou muito da filosofia da arte marcial mesmo. Estou em desacordo com que o UFC tem vendido hoje. Mas, é o maior evento de MMA do mundo e é nele que tenho que trilhar o meu caminho”, frisou.
Com muito equilíbrio em suas respostas, o experiente atleta destaca ainda que vê em seus familiares a grande motivação para subir ao octógono do UFC. “Todo atleta bate no peito com muito orgulho pra dizer que abdicou de tudo pra lutar, que treina oito horas por dia e tudo mais. Eu quero ser o mais humano possível, não quero ser uma máquina e eu, assim como qualquer outro, pode conseguir sair bem no octógono sem perder a vida social. Eu tenho buscado a minha motivação na família, nos amigos e nas coisas que estão ao meu redor”, concluiu. O UFC 224 contará com 13 combates. O evento começa às 19h15 e o card principal deverá ser iniciado às 23h.