O equilíbrio predominou. Porém, o cinturão peso-galo feminino do UFC segue no Brasil. A baiana Amanda Nunes suou muito para derrotar Valentina Shevchenko, na madrugada de ontem, em Edmonton, no Canadá, mas a vitória veio na decisão dividida dos árbitros. Decisão que foi muito contestada pela gringa e extremamente comemorada por Amanda, que se consolida entre as melhores lutadoras do mundo.
São três vitórias convincentes contra as principais atletas do UFC. Primeiro veio Ronda Rousey, depois Miesha Tate e agora Valentina. É pra fincar de vez o seu nome na história do maior evento de MMA do planeta.
A expectativa era que Amanda Nunes sofresse com os cinco rounds, já que não tinha enfrentado uma parada dessas. Mas a baiana não mostrou cansaço algum. Encarou a complicada Valentina de igual pra igual, dominou o centro do octógono e fez bonito. Qual o próximo objetivo? É se tratar.
Isso mesmo, a campeã destacou em entrevista coletiva que pretende operar da sinusite que a afastou do duelo contra a própria Valentina, marcado anteriormente para julho deste ano. Com isso, Amanda não volta mais a defender o seu cinturão em 2017.
“Eu ainda estou muito mal da sinusite, muito congestionada, mas eu precisava passar essa luta, não consigo mais ouvir essa garota (Valentina). O médico queria que eu operasse, eu pedi para ele me deixar pelo menos 50% para eu poder entrar no octógono e calar a boca dessa menina. Ele me ajudou como pôde e eu estava quase 100%, mas quando eu viajo a altitude me faz ficar mal de novo. Agora, quando eu voltar pra casa vou operar”, disse a campeã, que descartou de bate-pronto uma trilogia contra Valentina.
“Eu não quero ouvir essa garota. Eu quero calar a boca dela, não a odeio, esse é o meu trabalho, mas não quero dizer nada pra ela. Foi ótimo, ela é ótima, sei que ela vai vencer muitas meninas na divisão, porque o estilo dela é muito difícil de se decifrar. Foi por isso que lutei inteligente hoje”, concluiu Amanda.
