Daqui em diante, não há dúvidas. Maurício Shogun ficará lembrado na história do MMA como um dos maiores lutadores do mundo. O curitibano, ex-campeão meio-pesado do UFC, estará em ação novamente neste sábado (01), para enfrentar o australiano Tyson Pedro, em Adelaide, na Austrália. As 25 vitórias em sua carreira profissional, sendo 21 por nocaute ou finalização, comprovam que o coxa-branca é um mito do esporte.
O ano de 2018, entretanto, não tem sido bom para a fera. Após ter conquistado três vitórias consecutivas nas últimas temporadas, Shogun acabou sendo derrotado por Anthony Smith em sua última aparição no octógono, em julho. Nada que manche a história desse veterano do MMA, que está no UFC desde 2007 e acumula nove vitórias e nove derrotas pela organização.
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Com 37 anos, dez a mais que o seu próximo concorrente, Shogun já fez muito pelo esporte e ressalta ter muito gás ainda pra seguir entre os melhores meio-pesados da história. “Realizei a minha preparação em São Paulo, assim como nas últimas lutas, e estou pronto pra vencer. O foco é esse e quero voltar a comemorar mais vezes”, disse o curitibano.
Maurício Shogun se notabilizou no MMA por conta de sua participação no extinto Pride. Em 2005, o brasileiro enfrentou caras como Rogério Minotouro, Alistair Overeem, Ricardo Arona e Quinton Jackson, faturando o cinturão do evento japonês. De lá pra cá, muita coisa mudou e ele viu de perto toda a evolução do esporte.
“Fico feliz de depois de 17 anos como profissional poder acompanhar toda essa mudança. O MMA está mais popular. Mudou bastante do meu início até o momento. Hoje luto com os maiores da minha categoria e só tenho a agradecer”, declarou o meio-pesado. Em constante mudança também está a sua categoria. Com o cinturão vago, após Daniel Cormier se dedicar ao peso-pesado, a disputa do título ficará entre o americano Jon Jones e o sueco Alexander Gustafsson, que se enfrentam no fim desse ano.
“A minha categoria é muito disputada desde o Pride, tem uns caras fortes e rápidos e o vencedor será um campeão bem credenciado e com muito poder de nocaute. O sueco vem bem e o Jon Jones todo mundo já conhece”, destacou Shogun, sem apontar um favorito para a luta.
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Em toda a sua carreira, o curitibano foi batido por apenas dez atletas. E só foi fera: Renato Babalu, Mark Coleman, Forrest Griffin, Lyoto Machida, Jon Jones, Dan Henderson, Alexander Gustafsson, Chael Sonnen, Ovince St.Preux e Anthony Smith. Hoje, Shogun não vê a possibilidade de uma revanche contra algum desses caras. “Na verdade, não tenho interesse em lutar com ninguém. Não sou de escolher adversário. Quem vier, eu encaro”, frisou.
Contra o australiano Tyson Pedro, certo mesmo é que não faltará o que os fãs mais curtem: pancadaria. “A Chute Boxe me credenciou para o mundo, foi uma equipe que me lapidou no muay thai e me deixou pronto pra ser campeão Pride. Vamos sempre andar pra frente”, disse a lenda do MMA, que não vê a hora de contar com o apoio dos fãs curitibanos. “Estão cogitando o UFC em Curitiba novamente em maio de 2019. Tenho muita vontade de lutar neste card. Quero estar lá e vencer na frente da galera de novo”, concluiu Shogun.
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