A história do paraense Deiveson Figueiredo no UFC começou a ser escrita em 2017. Logo em sua estreia no octógono, o peso-mosca nocauteou Marco Beltrán e estendeu a sua invencibilidade no MMA para 12 vitórias.
Mas, se engana quem pensa que o peso-mosca teve um caminho tranquilo até chegar à disputa de cinturão. Natural de Soure, o “Deus da Guerra“, como é conhecido, foi criado na tradicional luta marajoara – combate agarrado bem comum do norte do País.
A batalha não era só nas areias do Pará. Para ajudar a família, Deiveson ganhava uns trocados amansando búfalos. Sim, é isso mesmo que você leu. E não era só isso. O cara ainda trabalhou como segurança de um salão de beleza para complementar renda.
Mas, no “alto” de seu 1,65m de altura, Deiveson foi deslocado da segurança para dentro do salão. Foram quase dois anos fazendo escova nas madeixas da mulherada. A história mudou quando o paraense ganhou notoriedade no cenário do MMA nacional, com boa passagem pelo tradicional Jungle Fight e a chegada no UFC.
Após o pontapé inicial no Ultimate, o peso-mosca venceu três consecutivas, sendo duas por nocaute. Muito perto do título, o Deus da Guerra viu o sonho se escapar ao sofrer a primeira derrota na carreira para o compatriota Jussier Formiga, no ano passado.
Na volta, o cara esteve avassalador. Contra o brasileiro Alexandre Pantoja, Deiveson travou uma batalha e saiu com o braço levantado ao final. Na sequência veio a finalização sobre o ex-desafiante Tim Elliott. Até que a grande oportunidade surgiu e o paraense foi confirmado na disputa do cinturão peso-mosca contra o americano Joseph Benavidez.
Porém, como nada na vida do brasileiro foi fácil, ele contou com um empecilho. Pela primeira vez, Deiveson não conseguiu bater o peso da categoria. Ele foi liberado para a luta, mas não poderia sair com o cinturão se ganhasse. E o cara ganhou com propriedade – nocaute no segundo round.
Imediatamente, Dana White, o presidente do UFC, concedeu a revanche aos dois. Quem levará a melhor?