O ano de 2019 foi um tanto quanto maluco para a curitibana Ariane Lipski. A atleta, de 25 anos, passou da euforia de estrear no UFC, enfrentou diversos problemas de lesões, encarou de frente a pressão por uma vitória e, enfim, triunfou. Dez dias após ter o seu braço levantado pela primeira vez no maior evento de MMA do mundo, a peso-mosca reconhece que ainda tem mais a mostrar dentro da organização.
“Estou feliz com meu desempenho, mas sei que tenho muito o que melhorar. Estou me reencontrando. Procurei a vitória do começo ao fim. Tentei finalizar a luta quando as oportunidades apareceram, faltaram alguns detalhes para acabar com a luta, então optei por tentar vencer de uma forma mais segura, buscando o controle das posições sem me arriscar muito. Fiz isso porque sabia que eu precisava dessa vitória”, disse a Rainha da Violência sobre a vitória em cima da paulista Isabela de Pádua, no UFC São Paulo.
No confronto, Ariane saiu vaiada pelo público. O motivo foi uma imagem mostrada no telão que acabou confundindo os presentes no Ginásio do Ibirapuera. Na ação, a curitibana tenta juntar mão com mão. O movimentou pareceu que a atleta havia dado os famosos ‘três tapinhas’ quando sua adversária tentava uma finalização.
“As vaias me deixaram triste, pois sou reconhecida fora do país e estou tentando mostrar o meu trabalho aqui. Quero ter apoio no Brasil e infelizmente não tenho. Mas, não dá pra agradar a todos. Espero que mais pra frente a galera respeite mais os atletas que estão ali trabalhando”, frisou a peso-mosca.
Sem ter sofrido nenhuma lesão na vitória sobre Isabela, Ariane agora espera por um novo convite do UFC para que ela possa tirar o retrospecto negativo dentro da organização – são duas derrotas e uma vitória.
“Já voltei aos treinos, quero seguir evoluindo como atleta. Pretendo voltar a lutar o quanto antes. A Comissão Atlética só me deu sete dias de descanso para treinos de contato, então não devo ficar muito tempo afastada do octógono. Mas quanto a próxima adversária, acho que ainda é cedo para pensar, vamos um passo por vez e esperar para ver quais são os planos do UFC para minha próxima luta”, concluiu a curitibana.