Vivemos conectados como “Escravos de Jobs”

O cérebro humano é plástico, maleável e não para de mudar quando atingimos a idade adulta. Certos estímulos criam novas conexões neurais e podem modificar fisicamente a estrutura cerebral. Hoje, uma série de estudos aponta que o uso constante da tecnologia está recalibrando o nosso cérebro e isso tem modificado o comportamento humano.
Cada vez mais engajados em “multitarefas”, atrofiamos nosso poder de concentração e processamento de dados. A imersão no universo virtual compromete a habilidade de pensar de forma abstrata.
As crianças e os jovens envolvidos nos tentáculos das redes sociais e dos games, participam cada vez menos de relacionamentos presenciais e das experiências “reais” da vida. Dessa forma, a arte do convívio social e o acúmulo de experiências concretas podem estar sofrendo danos irreparáveis e comprometendo o futuro da novas gerações.
Felipe Segall definiu nossa era como “Escravos de Jobs”. Complemento dizendo que antigamente brincávamos de “Escravos de Jó” – onde um grupo de pessoas se reunia para cantar e se movimentar ao ritmo e letra dessa singela canção que dependia de interação, concentração e gerava muita diversão. A gente vivia e curtia aquele momento real, sem pensar em mais nada.
Hoje estamos sempre na espera do próximo e-mail, telefonema, Whats App, post e perdemos a capacidade de viver o momento presente. Perdemos o sentido de lugar, pois trabalhamos conectados na sala de estar da casa brincando com os filhos e supostamente “relaxamos” no trabalho dando uma espiadela no Facebook! Onde fica o momento presente – o aqui e agora?
Falando nisso, onde você está agora, nesse exato momento? Fazendo o quê? E o que fará após terminar a leitura deste texto? O que fará com sua vida hoje? E amanhã?