Logo que comecei a escrever para a coluna De Bem Com a Vida, um assunto cuja abordagem me foi solicitada era a importância do exercício para pessoas que convivem com a aids.

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Esse assunto é muito pouco debatido nos mais diversos espaços da sociedade. Além disso, sabendo do trabalho sério que muitas instituições realizam e das inúmeras propostas do Ministério da Saúde em desenvolver ações e projetos para atender a demanda em saúde de pessoas convivendo com HIV/AIDS, o tema se torna fundamental para que a sociedade entenda as necessidades e anseios dos soropositivos, e possam ter conhecimento dos benefícios que a prática regular de exercício físico proporciona na saúde e qualidade de vida dessas pessoas.

Quero deixar claro que existe uma série de cuidados e orientações para melhorar a qualidade de vida desses indivíduos, mas, hoje vou ma ater ao tópico do exercício físico. O Ministério da Saúde já tem como política pública o estímulo à prática regular de exercícios físicos pelos soropositivos, visto que, para quem é praticante de qualquer modalidade, diversos benefícios a saúde serão gerados. Não podemos deixar de lembrar que, para tais atividades produzirem resultados significativos na saúde das pessoas, a orientação pelo profissional de Educação Física devidamente habilitado no seu Conselho Regional de Educação Física, e capacitado a atender pessoas convivendo com HIV/AIDS, se torna fundamental.

Este profissional terá todas as condições de avaliar, prescrever e acompanhar a realização dos exercícios necessários para cada caso e, inclusive, cessar a atividade em situações que julgar necessário, além de poder estabelecer um projeto terapêutico com o profissional médico que acompanha o quadro clínico da pessoa soropositiva.

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Praticar exercícios como caminhada, dança, musculação, natação, hidroginástica, corrida de rua, entre outras modalidades, promove no organismo uma resposta fisiológica que melhora a qualidade de vida do praticante. Essa melhora dependerá da modalidade escolhida e trará benefícios como melhora no sistema cardiorrespiratório, aumento nos níveis de força, aumento no colesterol HDL (“colesterol bom”) e redução no colesterol LDL (“colesterol ruim”), bem como diminuição dos níveis de triglicerídeos controlar e controle dos níveis de glicose no sangue, além de melhorar a disposição e a autoestima, aliviar o estresse e, o mais importante para os soropositivos, o exercício estimula o sistema imunológico na defesa do organismo e ameniza alguns efeitos colaterais provocados por alguns medicamentos.

O programa de treinamento deve ser individualizado, estabelecendo as metas de treino e as intensidades para cada indivíduo, mantendo um monitoramento constante para adequação de carga de treinamento e período de repouso, validando assim, ainda mais a importância da orientação correta.

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