O que é depressão?
É natural do ser humano passar por momentos de tristeza, causados por diversos motivos como brigas, perdas, problemas, derrotas, preocupações, etc. É uma sensação passageira que se dissolve com o passar de algumas horas, dias. Entretanto, a depressão é descrita como “viver em um buraco negro, uma desgraça constante, uma sensação de extrema tristeza, que se prolonga por duas ou mais semanas, tornando os indivíduos impotentes para realizar atividades diárias de forma normal”.
Indivíduos com sintomas de depressão devem procurar rapidamente acompanhamento médico adequado, que consistem em tratamento psicológico e uso de medicamentos.
Como o exercício físico pode auxiliar no tratamento da depressão?
Segundo estudo publicado no Journal of Clinical Psychiatry, o exercício físico pode ser utilizado como um tratamento suplementar nos casos de pacientes que não respondem satisfatoriamente à medicação aplicada. O estudo observou que os exercícios físicos evitaram a introdução de uma segunda medicação. Além disso, foi constatado que pacientes que respondiam adequadamente ao tratamento, mas não retornavam ao estado emocional antes da depressão, resgatavam as condições após o início da prática de exercícios, evitando também nesses casos a introdução de medicação adicional.
A prática de exercício como tratamento suplementar possui os mais diversos benefícios, pois além de evitar a adição de novos medicamentos contribui com a saúde global do paciente, melhorando sua capacidade cardiorrespiratória, níveis de força e flexibilidade.
O estudo analisou voluntários entre 12 e 70 anos, que após 12 semanas de treinamento acompanhando por profissionais, obtiveram em 30% dos participantes a remissão total da depressão e em outros 20% uma melhora significativa no quadro anteriormente diagnosticado.
O experimento também constatou que os exercícios leves e moderados foram mais eficientes em pacientes do sexo feminino com histórico de problemas psiquiátricos na família, enquanto as atividades intensas foram mais adequadas em pacientes que não tinham histórico familiar de depressão. Em voluntários do sexo masculino, os exercícios intensos demonstram ser mais eficientes independentes do histórico familiar.
Os resultados, além de demonstrarem a eficiência dos exercícios no auxílio do tratamento da depressão, são uma importante informação aos profissionais de Educação Física para que saibam quais as características de atividade devem ser prescritas aos pacientes.
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