Chikungunya, aquele que se dobra

Bom dia, prezados leitores. Na coluna passada, vimos a importância de intensificar os cuidados com a proliferação da dengue e as medidas para evitar a doença. Hoje iremos falar sobre a febre do chikungunya, que de acordo com os órgãos de saúde, deve ser uma das patologias mais prevalentes neste verão, se a população não tomar os devidos cuidados.

Chikungunya significa “aquele que se dobra, que se curva”, no idioma makonda da Tanzânia, na África. Para você que nunca ouviu falar, é uma doença viral que tem semelhanças com a dengue, principalmente por ser transmitida também pelo mosquito Aedes aegypti, bem como pelo Aedes albopictus. Outro agravante é o ciclo de transmissão, que ocorre de modo mais rápido que o da dengue.

Uma das dificuldades para o diagnóstico da doença é devido aos sintomas parecidos da febre da chikungunya e da dengue, especialmente porque um dos principias sintomas na fase aguda da infecção é a febre alta, a qual surge de maneira repentina e acompanhada por dor de cabeça e mialgia, além de erupção na pele, conjuntivite e dor nas articulações. A complicação mais importante se deve ao fato de a dor nas articulações ser tão forte, que impede os movimentos corporais, podendo durar vários meses.

O diagnóstico deve ser realizado pelo profissional médico e a automedicação deve ser evitada em qualquer um dos sintomas apresentados acima. A avaliação clínica e laboratorial é o primeiro passo para o tratamento e, por isso, não deve ser tomada nenhuma medida caseira para o tratamento.

O mais importante é que as pessoas possam realizar as ações de prevenção da transmissão da doença, combatendo os focos do mosquito transmissor, sendo basicamente os mesmos cuidados orientados na coluna passada, onde falamos sobre a dengue.

Caso o indivíduo seja picado pelo mosquito, o tratamento deve ser indicado pelo médico, e envolve a utilização de analgésicos e antitérmicos para aliviar os sintomas, além da ingestão de bastante líquido, para manter o paciente hidratado. Após o período de febre, podem ser introduzidos anti-inflamatórios e fisioterapia.

Como não existe vacina para evitar a febre da chikungunya, a prevenção é a melhor solução. Com a chegada do verão, os cuidados nas residências, estabelecimentos comerciais, entre outros, devem ser redobrados, impossibilitando a procriação dos mosquitos transmissores. Espero poder ajudá-lo a contribuir com a saúde pública, adotando os devidos cuidados para evitar a proliferação da febre da chikungunya, e garantindo que tenhamos um verão maravilhoso. Um abraço e até breve.

Por Marcelo Hagebook Guimarães