A alimentação saudável considera o equilíbrio entre os nutrientes que a compõem. Na sequência do Guia Alimentar para a População Adulta Brasileira, o segundo passo para alimentação saudável recomenda sobre a ingestão diária de cereais, tubérculos e raízes, alimentos envoltos nas crenças de aumento de peso e de açúcar no sangue. Será?
O guia indica a inclusão de seis porções do grupo de cereais, como o arroz, trigo, aveia, centeio e cevada, de tubérculos, como as batatas, e de raízes, como a mandioca, nas refeições diariamente, dando preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma natural. Os cereais, tubérculos e as raízes são as principais fontes alimentares de carboidratos, importantes no fornecimento de energia para o corpo, por serem convertidos em “açúcar” após a digestão. Por isso, são considerados vilões na manutenção ou redução de peso corporal, pois, logo associa-se energia à caloria do alimento.
Contudo, inserido em um plano alimentar balanceado, atento às quantidades e à qualidade do carboidrato ingerido, é improvável que ocorram mudanças indesejadas de peso. Os diabéticos devem ingerir carboidratos como parte de suas refeições, respeitando o limite saudável de açúcar no sangue e seguindo plano alimentar individualizado.
Os carboidratos podem ser classificados em simples e complexos, dependendo do seu grau de refinamento e quantidade de fibras alimentares. Um dos cereais mais consumidos no Brasil é o trigo. As diferentes tonalidades e espessuras da farinha de trigo indicam seu grau de refinamento: Quanto mais branca e mais fina, mais refinada e menor o teor de fibras. Portanto, nesse caso, as farinhas menos refinadas como a farinha de trigo integral deve ter a preferência para compor a alimentação, visto que fornece maior teor de fibras, vitaminas e minerais. Os grãos integrais auxiliam no controle do açúcar no sangue quando ingeridos em quantidade adequada.
Além de carboidratos, os cereais, tubérculos e raízes possuem proteínas em sua composição, mas não são considerados a melhor fonte alimentar deste nutriente. Cereais como o trigo, aveia, centeio e cevada, apresentam uma proteína denominada glúten.
Algumas pessoas podem ser intolerantes ou alérgicas ao glúten e necessitam restringir os alimentos fontes desta proteína devido às consequências à saúde que pode decorrer da sua ingestão. A alergia ao glúten é conhecida como Doença Celíaca e assim como a intolerância ao glúten, deve ser diagnostica por um médico especialista. Portanto, a restrição dos alimentos fonte deve ser realizada após a indicação médica ou confirmação diagnóstica. A retirada indiscriminada do glúten da alimentação com o propósito de emagrecimento e desintoxicação não possuem comprovação científica!